Da Redação
MANAUS – Alunos da Escola Estadual Senador João Bosco, na Cidade Nova, zona norte de Manaus, promoveram manifestação na manhã desta sexta-feira, 5, contra o professor identificado apenas por ‘Reinaldo’. Ele é acusado de assediar alunas. Para uma delas, de 16 anos, ele enviou mensagem em rede social. O secretário-executivo adjunto da Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas), Bibiano Garcia, disse que o professor foi afastado e que a Seduc abrirá procedimento administrativo para apurar os fatos.
Segundo o secretário, o professor não lecionará aulas em nenhuma escola da rede pública e não poderá ser exonerado enquanto o procedimento não for concluído. “É assegurado ao acusado o direito da resposta do contraditório. Portanto, vamos ter que respeitar a lei. A lei diz que enquanto este acusado estiver respondendo processos, não poderá ser impultado a ele qualquer tipo de penalidade enquanto não tiver conclusão. Porém, ele não ficará nesta escola e nenhuma outra escola da rede pública estadual”, afirmou Bibiano.
O protesto começou por volta de 7h30 em frente à escola na Avenida Noel Nutels e teve a participação de alunos, professores e pais de estudantes dos dois turnos do colégio. Eles carregavam cartazes e faixas pedindo a exoneração do professor que, segundo os estudantes, não é a primeira vez que é acusado de assédio.
A mãe da aluna assediada disse que além de enviar as mensagens com conteúdos sexuais, Reinaldo também chegou a tocar no corpo da menina dentro da sala de aula. “Ele fez com ela, mandou essas mensagem pra ela assediando ela, passou a mão nela, e fez isso com outras alunas”, afirmou.
A aluna, cujo nome não foi divulgado, afirmou que os assédios do professor começaram com ‘olhares diferentes’ e ‘elogios’. Depois, vieram os constantes assédios contra ela por mensagens e até dentro da sala de aula. “Ele me olhava diferente, falava que eu era bonita. Começou a mandar mensagem pelo Messenger me chamando de bonita, de gostosa. Ele ficava tocando em mim na sala de aula. Quando eu cheguei no meu limite eu decidi denunciar porque eu vi que a escola não estava fazendo nada”, afirmou a aluna.