Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas pretende divulgar, na próxima semana, um relatório com irregularidades identificadas nas secretarias, disse o secretário da Casa Civil Sidney Leite (Pros). O secretário disse que haverá extinção de secretarias e redução de cargos comissionados.
Leite revelou que a intenção é reduzir os custos da máquina pública. Segundo ele, o Estado já está com recursos de 2017 todo comprometido. “É o caso da Secretaria de Saúde, que já gastou praticamente todo o orçamento. A pasta está com graves problemas, como é o caso das empresas médicas, chamadas de cooperativas, que estão há cinco meses sem receber”, disse o secretário.
Leite disse que foram encontradas irregularidades e os ajustes que precisam ser feitos. “Teremos esses números semana que vem, uma vez que são muito contratos, mas adianto que encontramos muitas irregularidades. A legislação não permite que se gaste sem contratos ou processo licitatório, dessa forma o Estado vai ter que reconhecer dívidas e pagar por reconhecimento. De certeza, teremos cortes de despesas e pode haver a extinção de secretarias sim, ou fusão com outras pastas, desde que não comprometa os serviços”, afirma.
Nomeações pendentes
Sobre as nomeações para as duas secretárias restantes, Seplancti (Secretaria do Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico) e Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), o secretário da Casa Civil informou que o governador Amazonino Mendes não tem pressa. Segundo Leite, o governador busca nomes técnicos. “Falamos de duas secretarias estratégicas, uma que tem um papel da articulação do desenvolvimento econômico, e outra que trata especificamente de presídios que tem uma situação bastante deligada por conta das rebeliões”, disse.
Leite afirmou que a suspensão de pagamentos segue suspensa para reavaliação dos contratos. “Por isso, o governador tomou duas medidas: suspendeu os pagamentos por 30 dias, de forma linear, e criou uma comissão para que se possa auditar todos os contratos. Também recomendou que as grandes secretarias, como as pastas da Educação, Saúde e Infraestrutura, pudessem ter comissões próprias para avaliar os contratos”, concluiu.