
Do ATUAL
MANAUS – Aumentou para 12 o número de municípios em situação de emergência por causa da seca no Amazonas, informou o secretário Francisco Máximo, da Defesa Civil, em entrevista a um canal de TV local nesta quinta-feira (21). Segundo ele, 100 mil pessoas são afetadas diretamente pela estiagem.
Na calha do Alto Solimões, estão em situação de emergência os municípios de Benjamin Constant, Amaturá, São Paulo de Olivença e Santo Antônio do Iça; na calha do Juruá, estão Ipixuna, Envira, Itamarati e Eirunepé; e no Médio Solimões, a estiagem severa atinge Coari, Tefé, Jutaí e Uarini.
Outros 15 municípios estão em estado de alerta e 32 em atenção. A descida da água é considerada “normal” em apenas três cidades.
“[Situação de emergência] significa que o município já está com danos econômicos e sociais caracterizados, e que, naquele momento, pessoas já estão sendo afetadas. A primeira resposta já está sendo dada pelo município, ele nos comunica, e, à medida em que há uma evolução desse desastre, o Estado entra como apoio para atender essas demandas oriundas desses municípios”, disse Francisco Máximo.
No dia 12 de setembro, o Governo do Amazonas lançou a Operação Estiagem 2023 e anunciou ações de emergência aos municípios afetados. Segundo a Seduc-AM (Secretaria de Educação do Amazonas), atinge 355 estudantes de colégios públicos do estado.
“A gente tem uma previsão de que pelo menos 20 mil crianças, nos próximos 30, 40 dias, fiquem sem ter acesso à escola. A gente tem algumas estratégias. Dentre elas, o nosso ensino tecnológico mediado. No momento em que isso não é possível, a gente tá encontrando outra estratégia. Por exemplo, fazer com que o professor chegue até a escola dessas crianças com material para que ela não fique sem ter esse conteúdo e garantir a merenda escolar e assistência básica a essa criança”, disse o governador Wilson Lima.