O ex-deputado federal Francisco Praciano (PT), em entrevista à coluna, neste domingo, 6, disse que considera cedo para tomar uma decisão sobre o processo eleitoral de 2016, mas adiantou que não pretende voltar ao Amazonas para disputar uma vaga à Câmara Municipal de Manaus. “Se eu não sair para o Executivo, não saio a mais nada, vou abandonar a carreira política e o partido”, disse. O petista não parece otimista com as articulações políticas visando o pleito no próximo ano e disse não ver um ambiente favorável a uma candidatura dele, principalmente pela falta de apoio político. “Tenho vontade de disputar e ganhar. Não quero disputar por disputar”, afirma. Ele lembrou que disputou duas eleições majoritárias, uma para a Prefeitura de Manaus, em 2008, e outra para o Senado, em 2014, e nas duas foi rejeitado pelo eleitorado. “Para a prefeitura, fiquei em terceiro lugar; para o Sendo, eu disputei contra a máquina, e isso tem um peso, mas foi contra um candidato fraco, e mesmo assim o eleitor preferiu ele. Então, não sei se o eleitor me quer para majoritário”. Praciano afirma que não pretende ter o apoio da máquina administrativa e que sem a máquina, só depende da vontade do eleitor a eleição de um candidato.
‘Mandato não é prêmio’
Para o ex-deputado Praciano, um mandato para a prefeitura a essa altura não seria um prêmio que Manaus lhe daria, mas um sacrifício. E ele explica por que: “Quem quer trabalhar honestamente, quem não quer se beneficiar da máquina pública, teria muita dificuldade de governar, principalmente nessa crise. Manaus é uma cidade cheia de problemas, sem planejamento, e um gestor não terá vida fácil para corrigir esses problemas”.
Sair do PT, não
Praciano disse que não está preocupado com o fim do prazo para filiações, que se encerra no dia 2 de outubro para quem quer disputar as eleições de 2016, porque não pretende sair do PT. “Quem tem que sair é quem não presta”, diz. O ex-parlamentar afirma que há milhares de pessoas íntegras no partido, gente que respeita a legenda, e que em respeito a essas pessoas, ele fica. “Eu não vou sair do PT. Se sair, vou pra onde? Qual é o partido ético? Não vejo alternativa”, conclui.
Escondido do pai
O namoro de Marcelo Ramos com o Psol vem sendo feito às escondidas, sem o consentimento dos pais. Explicando: as conversas do ex-deputado, que tem pretensão de ser candidato a prefeito pela legenda, vem sendo feitas com Marco Antônio de Queiroz, o Professor Queiroz, que lidera um grupo de oposição à atual Executiva Estadual do partido.
‘Não vem por amor’
Um membro da Executiva Estatual do Psol definiu assim a situação de Marcelo Ramos: “Se ele vier para o partido, não vem por amo, vem pela dor, porque ele não tem para onde ir”. O Psol terá eleição só sem novembro para a escolha da nova direção. Como precisa de um partido ate 2 de outubro, Marcelo teria que se filiar antes de ter a certeza de que o grupo que ele apoia na legenda tomará o comando.
Fulanos de fora
Na entrevista ao AMAZONAS ATUAL publicada neste domingo, Marcelo Ramos saiu pela tangente quando questionado sobre Hissa Abrahão (PPS) e Henrique Oliveira (SD). “Eu não quero julgar as decisões do Hissa e do Henrique. Não quero fulanizar o debate”, disse, antes de bater em outros adversários. O ex-deputado parece pensar “no dia de amanhã”.
CPI dos Combustíveis
A Procuradoria da Câmara Municipal de Manaus respondeu na semana passada à consulta do vereador Mário Frota (PSDB) sobre a legalidade da retirada de assinaturas de vereadores da CPI dos Combustíveis. O órgão técnico concluiu que depois de protocolado o pedido, os parlamentares não podem mais recuar. Assim sendo, a CPI precisa ser instalada, o que depende de decisão da presidência.
Disputa fora da arena
Os bumbás de Parintins, Garantido e Caprichoso, não baixaram as armas desde o festival deste ano, no fim de junho, quando o boi Vermelho e Branco acusou o adversário de comprar jurados. Na sexta-feira, 4, foi a vez de o Caprichoso acusar o adversário de plagiar o tema para o festival de 2016. O Garantido apresentou o tema na quinta-feira, 3: “Celebração”. Chico Cardoso, ex-Garantido, disse que o boi da Baixa do São José copiou o tema do Caprichoso pela segunda vez. A primeira foi neste ano, segundo Cardoso.