Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Em visita ao Hospital Francisca Mendes, na zona norte de Manaus, na manhã desta sexta-feira, 4, o governador Wilson Lima (PSC) afirmou que o sistema da Susam (Secretaria de Estado de Saúde) precisa ser modernizado, pois, atualmente, a secretaria não tem controle total dos seus atos. “Para saber sobre a vida de um funcionário, você tem que ir lá num local insalubre, com cheiro de mijo de rato para pegar a pasta”, disse o governador.
Wilson estava acompanhado do vice-governador e secretário de Saúde, Carlos Alberto Filho, e do reitor da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Sylvio Puga. “Estamos começando a fazer um estudo junto com a Prodam (Empresa de Processamento de Dados) para informatizar os sistemas e fazer com que eles se comuniquem. Um dos primeiros passos para que a gente possa avançar é modernizar a Secretaria de Estado de Saúde”, afirmou.
Para o governador, os problemas na área da Saúde serão resolvidos na medida em que o orçamento permitir e o pagamento de serviços essenciais será priorizado.
Auditoria
Ele anunciou que fará auditoria em todos os contratos da secretaria para “saber quais serviços foram prestados e quais deixaram de ser executados” e os que não estão sendo prestados. Naqueles que forem identificada alguma suspeita, serão enviados para os órgãos de controle. “Há compra que foi feita, mas esse produto não chegou onde deveria chegar”, disse Wilson Lima.
Terceirizados
Ao ser questionado se diminuiria os contratos com empresas terceirizadas, o governador disse que a decisão depende de uma avaliação dos contratos e que não sabia quantas empresas perderiam contratos com o Estado. “A gente precisa fazer uma avaliação de todos os contratos. Saber o que faz cada empresa, qual serviço que é emprestado por cada empresa. O meu objetivo é fazer com que essas empresas sejam eficientes, que elas entreguem aquilo que foi contratado pelo governo do estado”, disse o governador.
Maldades de Amazonino
Wilson Lima disse que não vai processar o ex-governador Amazonino Mendes por atos que considerou prejudiciais ao seu governo. Segundo o governador, as “maldades” cometidas por Amazonino não o atingiram, mas sim o Estado, e, por isso, deverão ser encaminhadas para os órgãos de controle.
O governador disse que “não tem nada contra” Amazonino Mendes, mas enquanto governador ele tem o “compromisso de resguardar o dinheiro do cidadão”. “As atitudes que foram tomadas, como processos licitatórios, processos que foram feitos de forma graciosa, nós vamos encaminhar para a PGE (Procuradoria Geral do Estado) e para a CGE (Controladoria Geral) para avaliação e aí eles vão encaminhar para os órgãos de controle”, afirmou o governador.