Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas apresentou nesta quarta-feira, 4, ao Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) sua segunda proposta na tentativa de convencer a categoria a encerrar a greve iniciada há duas semanas.
No documento oficial entregue ao Sinteam, o titular Seduc (Secretaria de Estado de Saúde), Lourenço Braga, listou sete compromissos que a pasta assume caso os professores retomem os trabalhos até a próxima segunda-feira, 9:
- Respeito à data base, não observada nos anos de 2015, 2016 e 2017, mediante correção de 15,53%, sendo 7,41% relativo aos anos de 2018 e 2017, a contar de 1° de março, e 8,12% referente à data base de 2015, a contar de 1º de setembro;
- Reajuste correspondente a 95% do Auxílio Alimentação, que passará a valer R$ 420,00 mensais para todos os servidores que exercem atividades na escola;
- Extensão do Auxílio Alimentação no valor de R$ 220,00 para os demais servidores da Secretaria (sede);
- Promoção Vertical de 3.516 professores e pedagogos que concluíram plenificação, especialização, mestrado e doutorado nos últimos 5 anos;
- Eliminação do desconto de 6% do valor do vale transporte, mantidas as demais regras vigentes para concessão do benefício;
- Composição de Grupo de Trabalho com representantes do Sinteam para revisão do Plano de Cargos da categoria;
- Constituição de Comissão, também com representação sindical, para implementação de promoção horizontal não realizada nos últimos 4 anos.
Durante a coletiva para apresentar a proposta, Lourenço Braga disse ainda que, se a greve for encerra, a Seduc não vai descontar as faltas dos profissionais que aderiram ao movimento grevista. O secretário informou também que o governo desistirá das duas ações que ingressou contra o movimento – se houver acordo.
Reivindicações da categoria
A proposta do governo foi recebida pelo secretário de organização do Sinteam, Cléber Ferreira. Segundo ele, o documento será submetido à avaliação da categoria, em assembleia marcada para as 10h desta quinta-feira, 5.
Até o momento, os trabalhadores da educação reivindicam do governo os seguintes pontos:
- Reajuste salarial de 35%, sendo 28,05% de reposição da inflação e 6,95% de ganho real;
- Reajuste do Vale-Alimentação de R$ 220 para R$ 600 para equiparar com a Polícia Militar;
- Retomada do Plano de saúde;
- Vale transporte integral, sem o desconto de 6% no contracheque;
- Reajuste do auxílio localidade;
- Progressões horizontais e verticais;
- Revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração.
Até o fechamento da matéria, o comando de greve não tinha decidido se aceitaria a oferta do governo da Arena Amadeu Teixeira para ele realizarem a assembleia.