Da Redação
MANAUS – Os trabalhadores rodoviários em Manaus não poderão ser demitidos durante os próximos três meses. A garantia do emprego foi firmada em acordo no Ministério Público do Trabalho entre o sindicato da categoria, as empresas e a Prefeitura de Manaus, que é o poder concedente do serviço e inclui redução de 50% no salário. A medida é para enfrentar a perda de passageiros e receita, em 70%, devido ao isolamento social causado pelo novo coronavírus (Covid-19).
“Chegamos a um acordo em que foram mantidos os empregos e benefícios, como o plano de saúde dos trabalhadores, mediante a aceitação por parte dos trabalhadores, da redução de até 50% de seus salários, conforme as horas trabalhadas e em sistema de rodízio, atendendo a determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, para que encontrássemos uma solução a esse problema”, disse o procurador-geral do Município Raphael Albuquerque.
“O propósito foi garantir a continuidade das relações de emprego e a viabilidade do transporte coletivo, serviço essencial que tem permitido, por exemplo, o deslocamento de diversos profissionais de saúde nesse momento tão delicado”, completou.
Ficou acertado a redução de até 50% da jornada de trabalho e salários, privilegiando-se o sistema de escala com revezamento a cada sete dias. Além disso, foi acordada a manutenção do benefício do plano de saúde a todos os empregados. As medidas terão vigência de até 90 dias, sendo automaticamente suspensas em caso de retorno à normalidade na prestação do serviço público de transporte coletivo urbano em Manaus.
“O acordo concretiza os esforços das empresas de transporte coletivo em preservar a viabilidade do serviço essencial em questão, minimizando os impactos financeiros do cenário atual e mantendo os postos de trabalho”, disse o presidente do Sinetram (Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros do Amazonas), Algacir Gurgacz.