Da Redação
MANAUS – Manaus tem Índice de Infestação Predial de 2,5%, permanecendo em risco médio para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti . A situação consta no 2º Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti, referente a novembro deste ano.
Em comparação com o 1º Diagnóstico de Infestação de 2021, em junho, Manaus registrou uma redução no número de bairros considerados de alta vulnerabilidade, saindo de 25 para 14.
Os bairros caracterizados como de alta vulnerabilidade são: Japiim, Parque 10 de Novembro e Flores (zona Sul); Tarumã, Santo Agostinho, Nova Esperança, Alvorada e São Jorge (zona Oeste); Cidade Nova, Nova Cidade e Cidade de Deus (zona Norte); e Coroado, São José e Gilberto Mestrinho (zona Leste).
Os de média vulnerabilidade são: Morro da Liberdade, Betânia, Centro, Chapada, Adrianópolis, Nossa Senhora das Graças, Colônia Oliveira Machado, Petrópolis, São Francisco, Crespo,, Aleixo, São Lázaro e São Geraldo (zona Sul); Tarumã Açú, Lírio do Vale, Planalto, Redenção, Bairro da Paz, Dom Pedro, Vila da Prata, Compensa, Glória, Santo Antônio e São Raimundo (zona Oeste); Novo Aleixo, Colônia Terra Nova e Colônia Santo Antônio (zona Norte); Tancredo Neves, Jorge Teixeira, Colônia Antônio Aleixo, Armando Mendes, Zumbi, Mauazinho, Puraquequara e Distrito Industrial II (zona Leste).
Em situação de baixa vulnerabilidade estão os bairros: Distrito Industrial I, Vila Buriti, Nossa Senhora de Aparecida, Praça 14, Cachoeirinha, Presidente Vargas, Educandos, Raiz e Santa Luzia (zona Sul); Ponta Negra (zona Oeste); Lago Azul, Novo Israel, Santa Etelvina e Monte das Oliveiras (zona Norte).
A secretária municipal de Saúde Shádia Fraxe disse que a situação ainda preocupa, mas o resultado do diagnóstico mostra que as ações de controle do Aedes aegypti nos últimos meses tiveram impacto positivo. “Com os novos dados, as ações já estão sendo intensificadas, com prioridade para os bairros de maior risco, o que vai evitar um aumento no número de casos de doenças entre a população”, disse.
Na análise foram vistoriados 26.644 imóveis selecionados por amostragem em todos os 63 bairros de Manaus. A definição do índice de infestação foi agregado com informações sobre a ocorrência de casos notificados de zika, chikungunya e dengue, e os tipos de depósitos predominantes, definindo as áreas prioritárias para a intensificação das ações de controle do mosquito.
Depósitos
Os tipos de depósitos que mais têm contribuído para a proliferação do mosquito em Manaus são os recipientes classificados como tipo D2, o que inclui lixo, recipientes, garrafas, latas e ferro velho, que apresentaram 38% do total de depósitos encontrados.
Em segundo lugar, com um índice de 24,3%, estão os do tipo B que são os chamados depósitos móveis (vasos, frascos com água, pratos, pingadeiras, bebedouros, entre outros). Já os do tipo A2 são de armazenamento de água para consumo em nível de solo (tambores, tonéis ou camburões, barril, tina etc.) que representaram 23,4%.
Segundo a gerente de Vigilância Ambiental da Semsa, enfermeira Alinne Antolini, os dados mostram a necessidade de ações em três áreas, começando com o fortalecimento da parceria com outras secretarias municipais em ações direcionadas para a destinação do lixo.
“Mas também mostra a importância da participação mais efetiva da população nas ações de controle do Aedes, especialmente na eliminação de criadouros encontrados nas residências, e da intensificação das ações de distribuição de capas para os depósitos de água no nível do solo, assim como estratégias de educação em saúde para orientar a população”, disse Antolini.
Entre janeiro e novembro de 2021, o município de Manaus registrou 3.808 casos confirmados de dengue, sendo que 3.053 foram notificados no primeiro semestre do ano. Também houve o registro este ano de 58 casos confirmados de zika e 49 de chikungunya.