Da Redação
MANAUS – Comunidades ribeirinhas do Amazonas aprendem a identificar mudanças nas espécies de peixes. Com treinamento e maior conhecimento, os ribeirinhos atuarão para evitar a pesca predatória e manter os cardumes de forma a assegurar a atividade pesqueira.
A experiência foi implantada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Madeira, no município de Novo Aripuanã (a 227 quilômetros de Manaus). Trata-se do protocolo mínimo aquático para automonitoramento da pesca.
Dez comunidades participaram da capacitação e envolvem 31 comunitários entre lideranças da RDS e pescadores que atuarão nas comunidades Santa Rita, São Sebastião, São Francisco do Matupá, Lago do Matupá, Nova Estrela, Taciuá, Lago do Taciuá, Bom Sossego, Castanha e Alegria.
O protocolo faz parte do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade in situ (Programa Monitora), coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que busca envolver moradores, pesquisadores e agentes públicos na exploração da pesca com preservação ambiental. “Com o automonitoramento da pesca, os próprios pescadores acompanharão a atividade com o intuito de observar em uma escala temporal se houve mudanças na pesca ao longo dos anos, por meio de análises dos resultados produzidos pelas comunidades”, diz a gestora da RDS do Rio Madeira, Amanda Gomes.
“Além disso, o automonitoramento revelará informações sobre o que vai bem e o que precisa ser melhorado, tendo importante potencial de trazer subsídio para tomadas de decisões e no empoderamento das comunidades acerca de seus recursos, garantindo a sustentabilidade das pescarias e a conservação dos recursos pesqueiros e da biodiversidade aquática”, explicou.