Da Redação
MANAUS – Divulgada pelo ATUAL em fevereiro deste ano, a compra de um prédio no valor de R$ 31,2 milhões pelo MP-AM (Ministério Público do Amazonas) foi desfeita. O imóvel de cinco andares fica na Avenida André Araújo, no Aleixo, zona centro-sul de Manaus. A aquisição havia sido publicada no Diário Oficial Eletrônico do MP-AM no dia 31 de janeiro. O prédio fica na mesma avenida na qual o MP possui terreno, adquirido por R$ 5,8 milhões em 2011, para construção de sua nova sede que nunca saiu do papel. Em nota, o MP informa que a empresa Pearge Empreendimentos, dona do prédio, devolveu R$ 20 milhões que foram adiantados pelo negócio.
Na nota, o MP afirma que o contrato de compra foi rescindido pela própria empresa no dia 12 de abril deste ano. A Pearge alegou demora na aprovação do processo, que era analisado pelo Colégio de Procuradores.
Ainda de acordo com o MP, a Procuradoria Geral de Justiça já está procurando um novo imóvel para instalar promotorias, que atualmente funcionam em imóveis alugados e geram custo de R$ 1 milhão ao ano.
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Impasse
Em 2011, o então procurador-geral Francisco Crus planejava construir a nova sede ao custo de R$ 190 milhões. No final de 2012, Cruz contratou a empresa Laghi Engenharia para elaborar os projetos básicos e executivos da obra por R$ 1,5 milhão. Desse valor, foram pagos 90%. O procurador sustentou, após sua saída, que deixou o projeto pronto e R$ 16 milhões em caixa e a decisão de não iniciar a obra foi do seu sucessor, Fábio Monteiro, que teve entendimento que seria inviável a construção de um novo prédio no terreno. Fábio Monteiro optou pela compra do prédio pronto, mas o custo também gerou polêmica na ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), que cobrou explicações.
Leia na íntegra a nota do MP-AM.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) informa que o contrato para aquisição do imóvel localizado na avenida André Araújo, bairro Aleixo, foi rescindido unilateralmente pelo proprietário do imóvel, no último dia 12 de abril. O processo de aquisição passava por análise do Colégio de Procuradores do órgão ministerial, a pedido do Procurador-Geral de Justiça. Infelizmente o proprietário do edifício tomou a decisão de não dar continuidade às etapas seguintes do contrato. A primeira parcela do valor contratado foi devolvida ao Ministério Público integralmente. A Procuradoria-Geral de Justiça já está fazendo sondagens no mercado local, a fim de encontrar outro imóvel que atenda ao Planejamento Estratégico e necessidades urgentes da Instituição sempre com o intuito de melhorar as condições de trabalho de Membros e servidores e oferecer um atendimento digno ao cidadão. Atenciosamente, Procuradoria-Geral de Justiça do MP-AM