Da Redação
MANAUS – Com minoria na ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), onde tem sofrido seguidas derrotas, o governador Amazonino Mendes afirmou que fez uma opção: “É a quarta vez que eu governo, então eu devo ter, obrigatoriamente, muita experiência. Eu simplesmente fiz uma opção: você pode governar do conluio político em detrimento da população ou pode governar voltado para a população em detrimento da organização política”, disse, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, ao anunciar balanço de governo.
“Acho que foi a opção moderna, que o Brasil aspira: menos política e mais administração”, disse, ao explicar que não desmerece a oposição. “Não desmerecendo nenhum político, eles estão cumprindo seu papel. A relação é meramente institucional. Cada um faz seu papel e o povo julga, afirmou.
Impeachment
Sobre o pedido de impeachment apresentado pelo deputado Sebastião Reis (PR), da oposição, Amazonino classificou de “brincadeira”. “Agora eu estou sujeito a essas brincadeiras de impeachment. Eu acho que é até um desrespeito à própria Casa (ALE). Avilta o mandato (de deputado) que é pago pelo povo. Essas coisas, a população vai vendo. A verdade sempre triunfa”, disse.
O governador disse que não há mais espaço para a política de coronelismo. “Eu não quero ser dono das pessoas e eu me recuso a praticar a política que se praticava de antânimo. É uma questão de consciência de cada um. Eu tento cumprir meu papel, fazer meu trabalho. Meu cabo eleitoral tem que ser o povo. Eu não quero ser eleito através dos políticos”, discursou.
Sobre as críticas da oposição em relação a decretos que violam a prerrogativa da Assembleia, Amazonino disse que são naturais. “Existe até na Constituição do Estado matérias aprovadas na Assembleia que não são aplicáveis, são ilegais. Uma administração comete equívocos e o papel da Assembleia é justamente fiscalizar e dizer o que está errado. O papel do administrador é corrigir. Isso não tira pedaço. É um apanágio de quem é democrata”, afirmou.
(Colaborou Patrick Motta)