Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Os membros da CPI da Saúde rejeitaram, na manhã desta sexta-feira, 26, o requerimento apresentado pelo deputado Doutor Gomes (PSC) para solicitar da Susam (Secretaria de Estado de Saúde) cópia do atestado e do parecer da junta médica do exame psiquiátrico do coordenador da Gerência de Projetos da Susam Caio Henrique Faustino da Silva, que depôs no dia 16 de junho. Com a rejeição do pedido, Gomes disse que vai avaliar sua permanência na comissão.
Gomes afirmou que o próprio depoente alegou que “está debaixo da cobertura legal de um atestado médico psiquiátrico” e que acredita que o servidor público estava doente quando depôs na comissão. “Eu acredito na veracidade que o senhor Caio estava doente, com uma doença psiquiátrica que o impedia legalmente de dar esse depoimento. Por isso que eu quero dar a minha contribuição para o estado de saúde do senhor Caio”, disse Gomes.
Com a negativa dos colegas, Gomes, que é o único deputado da base do governo na comissão, disse que vai avaliar a renúncia do cargo de titular. “Quero uma cópia do atestado médico do senhor Caio para que eu me ache no direito de fazer o meu juízo de valor. Do contrário, rejeitado esse requerimento, não tenho mais a fazer nessa CPI. Avaliarei o meu pedido de renúncia nessa CPI. Vou avaliar. O que eu faço aqui? Em uma CPI composta de cinco membros, quatro são de oposição”, disse.
Ao criticar a composição da comissão alegando que a maioria é de oposição e que isso é um “massacre”, Gomes foi interrompido pelo deputado Delegado Péricles, que informou que ele já havia falado por 12 minutos. O deputado do PSC pediu “paciência”. “Estou decidindo se vou renunciar a minha permanência ou não. Isso aqui é um massacre. Quatro votando contra um simples requerimento de um atestado médico e eu não tenho direito, (o pedido) é derrotado”, afirmou.
Nesta sexta-feira, 26, os membros da CPI da Saúde ouvem o ex-secretário executivo da Susam, o advogado João Paulo Marques. De acordo com o deputado Delegado Péricles, Marques é considerado “peça importante” na investigação que apura fraudes no processo de aquisição de respiradores pelo Governo do Amazonas durante período de pandemia.