Da Redação
MANAUS – De 2000 a 2015, a Região Metropolitana de Manaus (RMM) registrou um expressivo aumento tanto no número de focos de calor, 2.061,36%, quanto no desmatamento, que cresceu 29,04%. Os números não são menos preocupantes para o Município de Manaus, onde foi registrado no mesmo período o aumento de 983% nos focos de calor e de 18,80% no desmatamento.
A expansão da cidade nesses 15 anos em 4,39% é apontada por pesquisadores como um dos principais motivos para esse crescimento, que ocorreu principalmente sobre áreas de florestas nativas da região. A capital amazonense passou de 232,80 km2, em 2000, para 243,02 km2, em 2015.
Os dados serão e os riscos de eventos extremos e socioambientais serão apresentados no Observatório da Região Metropolitana de Manaus (ORMM), em parceria com a Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Câmara de Manaus (COMMARESV/CMM), em audiência pública nesta sexta-feira, 11, das 9h às 12h, na Câmara Municipal de Manaus.
Os estudos foram conduzidos pelo Grupo de Trabalho de Monitoramento de Riscos Socioambientais e Mudanças Climáticas do ORMM, formado por pesquisadores do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Ufam (Universidade Federal do Amazonas), EA (Universidade do Estado do Amazonas), FVA (Fundação Vitória Amazônica) e ativistas.
Também entrarão no debate temas como saúde, violência e avanço dos impactos ambientais sobre a cidade. “É importante ressaltar que o espaço de debate será aberto e a ampla participação popular é fundamental para que os trabalhos possam evoluir de forma participativa”, disse o secretário executivo do Observatório, Artur Monteiro.
O público poderá adquirir castanhas-do-Brasil da Reserva Extrativista Rio Unini, que estará a venda. Produzidas por uma rede de associações de produtores ribeirinhos de Novo Airão e Barcelos, o cultivo gera renda para as comunidades do interior do Estado.