Da Redação
MANAUS – A dificuldade do idioma no Brasil e a oferta de empregos em países vizinhos levam imigrantes venezuelanos a deixar Manaus, diz Maria José de Oliveira Ramos, gerente de Migração Refugio, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Sejusc (Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Amazonas). A cidade se tornou rota para outros países.
“A grande maioria dos refugiados está indo para o Peru, Chile e Argentina, por conta de frentes de trabalho, e também o idioma”, disse. Segundo Maria José, o Brasil não é um local que os refugiados queiram ficar, com exceção dos indígenas Waraos que têm se deslocado para várias capitais brasileiras como Recife e Fortaleza.
Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública mostram que aproximadamente 15 mil venezuelanos estão no Estado, entre os quais os índios da etnia Warao. O número é com base em informações da Polícia Federal por conta da solicitação de refúgios, de residência e pelo atendimento feito dentro da Rodoviária e Porto de Manaus.
Um abrigo no bairro Coroado, na zona leste, aloja 400 venezuelanos, a maioria indígenas.