MANAUS – A Superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Rebecca Garcia, disse, na manhã desta sexta-feira, 15, antes da reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa), realizada na sede da autarquia, que não há nenhuma indicação de que ela deixará o cargo, mesmo com o PP (Partido Progressista) abandonando o governo Dilma Rousseff, nesta semana, e declarar voto em favor do impeachment.
Ela disse que o fato de o PP tomar a decisão de deixar o governo não a obriga a deixar a Suframa, e que fazer isso nesse momento, seria uma irresponsabilidade. “Eu sou do Partido Progressista, a presidente [Dilma Rousseff] sabe que eu sou do partido, o cargo é dela, sempre foi dela desde o primeiro dia que eu estive aqui, sempre esteve à disposição dela e, se ela entender ser melhor haver alguma substituição, ela fará e eu vou entender, perfeitamente. Agora, o que seria uma irresponsabilidade seria eu entregar o cargo às véspera de uma reunião do CAS [Conselho de Administração da Suframa], onde nós iremos aprovar 42 projetos e deixar a indústria – quando você fala em deixar a Suframa é deixar a indústria – acéfala, como ficou no ano de 2015”, disse.
Segundo a superintendente, não houve qualquer comunicado da Presidência da República no sentido de substituí-la no cargo. “Eu estive anteontem [quarta-feira, 13] em Brasília e a única conversa que eu tive sobre esse assunto foi com o presidente do meu partido, que pensa exatamente a mesma coisa. Ele acompanhou o quanto foi difícil nomear um superintendente para a Suframa, e pensa a mesma coisa: acha que seria uma irresponsabilidade abandonar a Suframa nesse momento”, afirmou.