Da Redação
MANAUS – Preso minutos após tentar matar Adriano Barbosa Araújo, de 24 anos, rival de facção criminosa dentro do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, na zona centro-sul de Manaus, na noite desse domingo, 25, Everton Lima Martins, 23, morreu no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, na zona leste de Manaus na madrugada desta segunda-feira, 26. O delegado-geral de Polícia Civil, Ivo Martins, disse que ele foi ferido em troca de tiros com outros dois rivais que acompanhavam Adriano ainda dentro do 28 de Agosto. Presos, Everton, Gabriel Moreira de Melo, 22, e Renan Alves Maia, 22, foram levados em uma mesma viatura da Polícia Militar. Everton apresentava sinais de espancamento.
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Amadeu Soares, o delegado-geral da Polícia Civil, Ivo Martins, e o comandante da Polícia Militar, coronel Cláudio Silva, disseram que não sabem exatamente como Everton foi morto. “Ele teria levado dois tiros. As informações estão sendo checadas. Vou até pedir a supervisão que colete os projeteis para se fazer as comparações, porque as investigações ainda estão em curso”, disse Ivo Martins.
Conforme o delegado-geral, será feita uma comparação para saber de onde partiram os tiros. “Outra arma foi encontrada. Uma arma estava com o Everton, com a qual ele efetuou o disparo contra o Adriano. A outra arma foi encontrada na lixeira do estacionamento. A gente tem que saber se tem conexão com os fatos. Não dá nem pra gente precisar o que que aquela arma estava fazendo lá (na lixeira)”, disse Ivo Martins.
Já o comandante da Polícia Militar disse que os policiais não perceberam, inicialmente, nenhum ataque a Everton Lima dentro da viatura. “No momento em que os policiais perceberam que tinha alguma coisa estranha, eles pararam a viatura. Ouviram um barulho e foram verificar o que estava acontecendo. Aí eles souberam que eles tinham travado uma luta corporal e os policiais prestaram socorro”, contou Cláudio Silva. Segundo o coronel, Everton foi levado ao João Lúcio, mas não resistiu e morreu.
“No calor da ocorrência, você quer prender, liberar o hospital para o atendimento e fazer o procedimento na delegacia. Essa informação nós temos agora (na coletiva). Na hora, no calor da ocorrência, meu amigo, a polícia é que sabe das coisas. Tínhamos que prender e retirar eles do hospital o mais urgente possível, isso é que era a missão ontem”, disse o secretário de Segurança Amadeu Soares, sobre o transporte dos criminosos de facções rivais na mesma viatura. “Agora vamos apurar, individualizar as condutas (dos policiais) e punir”, completou o secretário. Dois revólveres calibre 38 foram apreendidos.
Quatro policiais militares reforçarão a segurança na entrada do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto. A medida foi anunciada durante a coletiva por Amadeu Soares.