
A popularização das criptomoedas cada vez é maior nas diferentes partes do mundo. E o Brasil é uma das principais nações nesse mercado. Com uma grande parcela da população já engajada em transações com Bitcoin, Ethereum e outros criptoativos, o país conquistou um lugar importante no ranking global de propriedade de moedas digitais.
Ao lado de potências como Emirados Árabes Unidos, Singapura, Turquia e Estados Unidos, o país teve um crescimento impressionante, revelando as muitas possibilidades que o universo cripto oferece. Afinal, as moedas digitais não são apenas uma opção de investimento. Cada projeto oferece soluções únicas para os brasileiros.
Não é à toa que uma pré-venda com potencial atraia tanto público. A possibilidade de começar um investimento com pouco e as possibilidades de valorização dos tokens conquista muitos adeptos no país. Isso explica também os números que levaram o Brasil a conquistar uma posição tão alta nos rankings.
Expansão em todo o mundo e a participação do Brasil
O crescimento das criptomoedas no mundo pode ser medido pelo número de proprietários de ativos digitais, hoje estimado em cerca de 560 milhões de pessoas em todo o mundo. Isso segundo o relatório The State of Global Cryptocurrency Ownership in 2024, publicado pela instituição financeira sediada em Singapura, Triple-A.
Esse estudo revela que a adoção global de criptoativos representa aproximadamente 6,8% da população mundial, o que reforça que esse mercado tem um papel cada vez mais importante no cenário financeiro internacional. O Brasil se encontra já em 6º lugar no ranking dos países com maior proporção de proprietários de criptomoedas.
Com uma taxa de aproximadamente 17,5% entre sua população total, o país está muito próximo de outras nações latino-americanas que também adotaram amplamente as moedas digitais, como a Argentina, que conta com uma taxa de 18,9%, e deixa claro que a região vem apresentando um forte potencial de crescimento no setor.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil, o país vem registrando movimentações cada vez maiores de criptoativos em transações oficiais, tendo alcançado cifras na casa dos US$ 120 bilhões em operações relacionadas a criptomoedas durante o último levantamento anual.
Mas existem alguns fatores que ajudam a explicar por que o Brasil está entre as 15 nações com maior número de proprietários de criptoativos. Em primeiro lugar, a busca por alternativas de investimento tem crescido muito, sobretudo em períodos de incertezas econômicas.
Muitas pessoas passaram a avaliar opções que vão além dos produtos tradicionais do mercado financeiro, encontrando nas criptomoedas uma possibilidade de diversificação. Em segundo lugar, a digitalização da economia brasileira e a popularização dos aplicativos de pagamento proporcionou mais facilidade no acesso a plataformas de negociação.
O surgimento de fintechs e exchanges cripto no território nacional simplificou a aquisição de ativos digitais, tanto pela redução de burocracias quanto pela oferta de serviços em língua portuguesa e suporte local. Essa combinação criou um ambiente mais receptivo à chegada de novos investidores.
Outro ponto importante está relacionado às iniciativas de educação financeira, que se multiplicaram muito, tanto no setor privado quanto no público. As redes sociais, por exemplo, intensificaram discussões a respeito do tema, enquanto canais de YouTube e influenciadores digitais passaram a abordar o assunto de maneira didática.
Brasil, América do Sul e o posicionamento global
A América do Sul como um todo teve um crescimento incrível no número de novos usuários de criptoativos, passando de 25,5 milhões de proprietários em 2023 para 55,2 milhões em 2024, segundo o mesmo relatório da “Triple-A”. Isso representa uma expansão de 116% em um curto período, mostrando que a tendência na região é de uma rápida adoção.
O Brasil e a Argentina são, sem dúvidas, os mais importantes pelo tamanho de suas economias e por causa do perfil de seus investidores, que buscam frequentemente proteção contra oscilações inflacionárias e flutuações cambiais. A presença de grandes comunidades de desenvolvedores e empreendedores de blockchain nesses países também impulsiona a adoção, pois estimula inovações que facilitam o cotidiano dos usuários.
Além disso, o interesse das instituições financeiras tradicionais da América do Sul em incorporar soluções baseadas em blockchain é cada vez maior e favorece a confiança do público nas criptomoedas. Embora ainda existam obstáculos regulatórios, iniciativas para regulamentar o setor estão sendo discutidas em fóruns de entidades governamentais em diversos países sul-americanos, o que pode acelerar ainda mais o ritmo de adoção.
Observando o ranking de 2024, no qual o Brasil figura em 6º lugar, nota-se uma forte presença de países asiáticos e do Oriente Médio na liderança, como os Emirados Árabes Unidos, com 25,3% de sua população possuindo criptomoedas, e Singapura, com 24,4%. A Turquia, está em 3º com 19,3%, enquanto a Argentina vem logo em seguida com 18,9%.
A explicação para essa concentração em certos países envolve fatores culturais, econômicos e políticos. Na Turquia, por exemplo, a instabilidade da moeda local levou muitos cidadãos a buscarem proteção em moedas digitais, que poderiam oferecer, em tese, uma forma de resguardar valor.
Já em Singapura, a adoção de criptomoedas é fortemente apoiada por políticas públicas e incentivos governamentais para a inovação tecnológica. Outro dado importante do levantamento é a posição dos Estados Unidos, que ocupam o 8º lugar com 15,5% de aderência, apesar de ser uma das maiores economias mundiais.