Por Rosiene Carvalho, da Redação
MANAUS – O Quilombo do Barranco de São Benedito, comunidade de afro-descendentes histórica na área urbana de Manaus, celebrou neste domingo, 20, o Dia da Consciência Negra, com atividades artísticas, de culinária e de conscientização das tradições e da manutenção da cultura negra no Amazonas.
A comunidade fica na rua Japurá, na Praça 14, zona sul de Manaus. A Comunidade do Barranco é formada por cerca 200 famílias descendentes de escravos que vieram do Maranhão no final do século XIX e início do século XX. A tradição da comunidade quilombola resistiu por meio da transmissão oral de suas histórias de geração a geração, e da festa religioso de São Benedito, santo negro.
Em setembro de 2014, a Fundação Cultura Palmares concedeu aos descendentes dos escravos maranhenses a certidão de autodenifinição de quilombo. O reconhecimento tornou a comunidade o segundo quilombo em área urbana do Brasil.
Como parte da programação, que começou sábado, 19, houve roda de conversa sobre a memória, fortalecimento e preservação cultural do quilombo com as pessoas mais idosas da comunidade.
Neste domingo, a rua em frente às casas que ficam no Barranco foi fechada para as seguintes apresentações: grupo de Capoeira Matumbé, grupo de Capoeira Dendê Maruô, Geap Grupo de Dança, Grupo Pão Torrado, Elas Cantam Samba, Grupo Couro Velho (compositores mais tradicionais de samba) e baterias das escolas de samba Aparecida e Vitória Régia.
Os grupos são de pessoas formadas ligadas ao movimento negro no Estado.
Durante a festa, uma das moradoras mais antigas do quilombo Edna Lago Rodrigues, 81, conhecida como ‘dona Guguta’, participou da apresentação de maracatu, coroando uma jovem negra de forma simbólica.
Veja fotos da festa: