Da Redação
MANAUS – A quarta fase da Operação Sangria, na manhã desta quarta-feira em Manaus, decorre de investigações que identificaram irregularidades na prestação de serviços para atender o Hospital de Campanha Nilton Lins.
Segundo a CGU (Controladoria Geral da União), verificou-se um sobrepreço para o serviço de limpeza no valor de R$ 1.971.882,12, que representa um valor 539% superior ao praticado no hospital de referência.
A investigação identificou que não houve a comprovação da realização dos serviços de lavanderia, além de burla às sanções administrativas que determinaram o bloqueio de um dos fornecedores e inscrição no Cadastro de Fornecedores do Estado do Amazonas e no CEIS (Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspeitas).
Na primeira fase a Polícia Federal e a CGU (Controladoria Geral da República) investigaram superfaturamento de R$ 500 mil pela compra de 28 respiradores de uma empresa comercializadora de vinhos.
Na segunda fase foram realizadas buscas e apreensões para verificar a atuação de agentes públicos e empresários que teriam participado do processo de aquisição.
Na terceira fase foram investigadas irregularidades no pagamento de R$ 191 mil para o transporte de 19 respiradores pelo Governo do Estado do Amazonas, frete que deveria ter sido custeado pela empresa fornecedora dos referidos equipamentos
Impacto Social
Até o mês de maio de 2021 o Amazonas já recebeu R$ 254.453.627,15, repassados pelo FNS (Fundo Nacional de Saúde) para combate à Covid-19. O desvio de recursos que deveriam ser utilizados para aquela finalidade repercute negativamente no tratamento das pessoas atingidas pela pandemia, podendo contribuir para o aumento de óbitos.