MANAUS – O coronavírus não assusta mais boa parte da população de Manaus. Prova disso são as festas clandestinas e as inevitáveis aglomerações que elas provocam. No domingo, dois eventos chamaram a atenção pela multidão que reuniram.
Na primeira, no Clube dos Servidores da Petrobras, 4 mil pessoas se aglomeravam, sem máscaras, em um forró regado a muita bebida.
Na segunda, na Associação dos Servidores do Incra, 3 mil pessoas participavam de um baile funk, também com muita aglomeração e nada de medidas de proteção.
É lamentável que em meio a uma crescente onda de contaminação na capital amazonense, as pessoas se disponham a participar desse tipo de evento, pondo em risco a saúde delas e das pessoas que as cercam.
Fazem isso quando as autoridades sanitárias do Estado fazem alertas sobre o aumento de casos de Covid-19, principalmente entre jovens, que passaram a frequentar lugares públicos nos últimos meses.
Mas é inaceitável que os promotores desses eventos saiam impunes. Aos promotores desse tipo de evento, prisão é pouco. Deveriam ser punidos com pesadas multas e terem os estabelecimentos fechados por tempo indeterminado.
Qualquer valor de multa será insuficiente para bancar os custos do tratamento de pacientes com Covid-19 no Estado. Portanto, a responsabilidade de quem promove e participa de festas clandestinas deveria ser dobrada.
A multa deveria ser definida a partir do público presente, e os frequentadores também deveriam participar, recebendo uma punição, uma espécie de fiança.
Não basca acabar com a festa. As autoridades de segurança devem fazer o que for possível para inibir novos eventos. Caso contrário, eles vão continuar a ser realizados, e cada vez com mais frequência e mais frequentadores.