Da Redação
MANAUS – Protesto de motoristas de aplicativo e servidores públicos do Amazonas em frente a ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) na manhã desta terça-feira, 4, terminou em confusão entre os manifestantes, que aproveitaram o reinício dos trabalhos legislativos para pressionar o governo e os deputados estaduais.
No momento da manifestação, os servidores reclamaram do uso de carro som por manifestantes alegando que o veículo foi fornecido pelo governo. Com o tumulto, a polícia militar, que acompanhava o ato, retirou o carro som do local e escoltou um homem que estava no veículo.
A principal reivindicação dos motoristas é a redução do preço do combustível. Eles cobram a redução do índice do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado sobre os combustíveis no estado.
Alexandre Matias, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Amazonas, diz que a categoria não consegue encontrar apoio por parte das autoridades competentes.
“Nós já tivemos audiência pública no Ministério Público e eles disseram que estão de mãos amarradas, tem que ser o Ministério Público Federal. Nós viemos na Assembleia Legislativa, a maioria dos deputados estão de mãos amarradas”, diz.
Alexandre Matias defende a alternativa apresentada pelo governo federal que consiste na redução do ICMS. “O presidente já sinalizou que é possível os governadores baixarem esse ICMS, que aqui (Amazonas) é 25%. Nós queremos pelo menos 15% incidindo em cima dos combustíveis”, afirma.
Os motoristas pretendem se reunir com o governador Wilson Lima, que compareceu à ALE para leitura da mensagem governamental que abre o ano legislativo na Casa.
Os servidores públicos querem a revogação da lei que congelou o reajuste de salários e mudança na data de pagamento dos vencimentos. Também pedem que o auxílio-refeição de R$ 500 seja pago em dinheiro e não por cartão eletrônico.
“Queremos também que ele revogue o projeto que transforma o auxílio-alimentação para cartão eletrônico. Os funcionários não querem cartão-eletrônico, querem o auxílio-alimentação na conta como é atualmente”, disse Helma Sampaio, presidente da Asprom (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus).
Helma Sampaio afirma que a classe também exige a revogação da Lei Delegada que dá amplos poderes ao governador e da alíquota previdenciária de 14% que reduziu os salários em 3%.
(Colaborou Jullie Pereira)