Da Redação
MANAUS – O promotor de Justiça Wesley Machado, da Promotoria de Coari (a 363,7 quilômetros de Manaus) do MP-AM (Ministério Público do Amazonas) disse que vai recorrer da decisão do juiz Fábio Lopes Alfaia, da 1ª Comarca do município, que o tornou suspeito para conduzir processo contra o prefeito Adail José Figueiredo Pinheiro. “A decisão é incabível e vou entrar com um mandado de segurança”, afirmou Machado.
No Processo nº 0000867-32.2015.8.04.3800, o promotor acusa Adail Filho, como é conhecido, de corromper testemunhas e de falsidade ideológica. “A suspeição é apenas para um processo que o prefeito é réu, um processo penal por falsidade ideológica, uso de documento falso e coação de testemunha”, disse Machado.
Wesley lembrou que das sete ações na Justiça contra Adail Filho, o Poder Judiciário do Amazonas concedeu três liminares, duas foram negadas e nas outras foram reconhecidas a plausibilidade da alegação do Ministério Público. “A 2ª Vara da Comarca de Coarí já concedeu as tutelas que o Ministério Público vem requerendo, mostrando que há sim probabilidade que tem sido alegado pelo MP”, disse.
Wesley Machado negou que tenha interesse político no casos. “Não conheço o prefeito e apenas tenho atuado como membro do Ministério Público. Diante das graves irregularidades ocorridas em Coari, eu fui obrigado por lei a ajuizar uma série de ações contra ele, mas o fato da atuação pronta e dura do MP ter ocorrido não demonstra que há qualquer tipo de inimizade. Na verdade é uma exigência legal”, afirmou.
O promotor também afirmou que não tem vínculo com nenhum grupo político no município. Sobre a alegação do juiz quanto à acusação de que Adail integra um grupo de ‘playboy’, Wesley Machado disse que a expressão não é sua, mas de testemunhas do caso e foi citada no processo como parte de depoimento.