Da Redação
MANAUS – Mais dois municípios do Amazonas receberão investimentos em projetos para produção de alimentos. Os empreendimentos foram aprovados na 171ª reunião do Codam (Conselho de Desenvolvimento do Amazonas, na manhã desta quarta-feira, 20. Em Rio Preto da Eva, a Frigodelly Indústria e Comércio pretende produzir charque bovino com recursos de R$ 815 mil. Já em Manicoré a Matupi Laticínios pretende fabricar manteiga, doce de leite e queijo investindo R$ 2 milhões.
Na reunião anterior, em novembro, foram aprovados projetos para o beneficiamento de peixe em Manacapuru, da Agropecuária Exata com recursos de R$ 2 milhões. Em Tonantins, a Indústria e Comércio de Pescado aprovou projeto para processar peixe com investimentos de R$ 3 milhões.
Em seis encontros este ano, o Codam aprovou 186 novos projetos industriais que somaram R$ 7,2 bilhões e a criação de aproximadamente 9,5 mil empregos no período de até três anos. Na pauta desta quarta-feira, o Codam aprovou 38 projetos no valor de R$ 822 milhões e 1.133 empregos. Nesta quarta, foram aprovados 38 projetos industriais com investimentos de R$ 822 milhões e promessa de gerar 1.133 postos de trabalho no PIM.
O ex-secretário de Fazenda, Alfredo Paes, disse que os novos empreendimentos representam uma crença maior na melhoria da economia e possível aumento na arrecadação de ICMS. A meta, disse Paes, é reduzir os gastos com o custeio da máquina pública de 32% para 24% e de manter os compromissos assumidos com fornecedores. “Estamos trabalhando para que todos os fornecedores possam receber, para que os serviços prestados tenham continuidade”, disse.
Outros destaques da pauta foram os projetos da Jabil Industrial do Brasil para a fabricação de condicionadores de ar com recursos de R$ 108 milhões e da Mega Pack Plásticos para a produção de resina termoplástica e peças moldadas com investimentos de R$ 55 milhões. A OX da Amazônia submete aos conselheiros projeto para a fabricação de roda e aro para bicicletas ao custo de R$ 3 milhões.
Arrojo
O presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva, defendeu um trabalho conjunto mais arrojado para atrair novos investimentos. “Vamos ver se a gente consegue ultrapassar aquele patamar de 84 mil empregos”, disse, referindo-se à média de postos de trabalho ocupados no PIM em 2017, entre diretos, indiretos e terceirizados, de acordo com os indicadores divulgados pela Suframa. “Não vamos voltar àquele patamar de 132 mil empregos do passado, mas pelo menos temos que estancar essa sangria”, disse Antonio Silva.