O projeto de revitalização da Ponta Negra, concebida pelos arquitetos Roberto Moita e Cláudio Nina, na gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes, e executada pela Mosaico Engenharia, do empresário Jorge Sotto Mayor, criou um risco constante na praia mais frequentada pelos moradores de Manaus. A morte de uma criança de 12 anos, no último domingo, é um sinal de que o problema criado pela engenharia moderna, com a construção de uma praia perene, não foi sanado. Depois da morte de 13 pessoas, em 2012, a Prefeitura de Manaus e o Corpo de Bombeiros adotaram medidas, como a limitação do espaço para banho e a proibição de banho à noite. As medidas são paliativas e estão longe de resolver o problema criado no local. O CPRM (Serviço Geológico do Brasil) realizou estudos, ainda em 2012, que mostraram buracos de até dez metros de profundidade na praia artificial. Esse problema não foi resolvido. Houve apenas a proibição ao público para acessar um espaço que antes era livre e os banhistas caminhavam à vontade na areia coberta pelas águas negras que banham a Ponta Negra.