Do ATUAL
MANAUS – Os professores de escolas públicas estaduais rejeitaram a proposta do Governo do Amazonas para suspender a greve como condição para negociar o reajuste salarial da categoria. A medida foi apresentada em nota do governo divulgada no início da noite desta terça-feira (23).
“Não houve nem negociação. Aqueles 8% foi uma indicação para iniciar a negociação da categoria em relação aos 25% [reivindicação dos trabalhadores]”, disse Ana Cristina Pereira Rodrigues, presidente do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas), na manhã desta quarta-feira (24), em manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Estado.
“Infelizmente essa nota, além de mentirosa, é uma nota que tenta jogar a sociedade contra a categoria. Os trabalhadores em educação continuarão em greve e é preciso que o governador do Estado seja de fato um político e venha conversar conosco”, afirmou.
“Vale ressaltar que esses 8% não foi proposta do governo, foi nós, os trabalhadores, que lançamos para ver se chegava aos 25%. Os trabalhadores da educação têm uma defasagem salarial acima de 20% e não podem aceitar menos porque o nosso salário, a nossa qualidade de vida, já estão comprometidos”, disse Ana Cristina.
A greve começou no dia 17 de maio e, segundo Ana Cristina, tem adesão de 70% dos professores em Manaus e no interior. “Mesmo com a pressão dos gestores para anotar a nossa falta, os trabalhadores estão dando essa resposta na rua. O trabalhador em educação é um guerreiro e uma guerreira forte que luta pelos seus direitos”, disse a sindicalista.
Na Assembleia Legislativa os professores pedem a intermediação dos deputados com o governo. Eles fecharam e desbloquearam trecho da avenida em frente ao Legislativo durante a manhã.
(Colaborou Marcelo Moreira)