MANAUS – Um grupo de professores ligado ao Movimento Vem Pra Rua Pela Educação, está acampado desde o início da noite desta quarta-feira, 25, em frente à sede da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE) para exigir que o Poder Legislativo investigue a destinação dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (Fundeb).
Eles não se conformam com o não pagamento de abono com dinheiro do fundo neste ano, sob o argumento de que não sobrou dinheiro para o abono do professores. Pela regra do Fundeb, o mínimo de 60% dos recursos do fundo é são destinados ao pagamento de professores, mas havendo sobra, o dinheiro deve ser rateado entre os professores.
Em 2012, os professores receberam R$ 300,00 de abono; em 2013, esse valor subiu para R$ 400,00, e em 2014, atingiu R$ 1,6 mil. Neste ano, tanto a Seduc quanto a Semed informaram que não haverá o pagamento de abono porque não sobrou dinheiro.
Para a coordenadora do Movimento Vem Pra Rua Pela Educação, Darlem Lúcia de Oliveira, houve desvio de finalidade dos recursos, por isso o governo alega que não sobrou dinheiro. “Se é função da Assembleia fiscalizar o Poder Executivo, queremos que os deputados investiguem”, disse.
Os professores, segundo ela, ficarão acampados durante toda a noite e, pela manhã, vão tentar uma espaço no pequeno expediente para apresentar as reivindicações. “Só vamos desmontar o acampamento quando formos recebidos no plenário”, disse Darlen Lúcia.
Além do abono com os recursos do Fundeb, os professores reivindicam aumento salarial de 20%, a retirada do desconto de 6% sobre os salários do vale-transporte, e pagamento dobrado do auxílio-alimentação para quem tem carga dobrada de trabalho.
No dia 27, sexta-feira, o Movimento Vem Pra Rua Pela Educação agendou um ato público com passeata, com concentração na sede do governo e encerramento na sede da Prefeitura de Manaus, ambos na Avenida Brasil, no bairro Compensa, zona oeste.