Da Redação
MANAUS – A primeira-dama do Município de Manaus, Elizabeth Valeiko, publicou nota em sua página no Facebook na qual debabafa sobre o drama enfrentado com o filho, Alejandro, preso por suspeita de envolvimento em assassinato. Elizabeth diz que as notícias falsas sobre o caso tornam “a for ainda mais difícil”.
Ela admite que foi ao presídio sem avisar visitar o filho e que não sabia que precisava fazer um cadastramento prévio, o que gerou “narrativa totalmente equivocada” na mídia. A primeira-dama expõe publicamente que tem enfrentado uma luta com o filho para livrá-lo da dependências das drogas. Confira a nota na íntegra.
Elizabeth Valeiko
Não tem sido fácil, como mãe, enfrentar tudo o que vem acontecendo nos últimos dias. E as falsas notícias diárias tornam a dor ainda mais difícil. Afirmam coisas que não fiz. Sou julgada pelo que não sou. E o pior: sem qualquer chance de defesa, tudo para se fazer politicagem.
Ontem fui ao presídio sem avisar. Queria poder me sentir, pelo menos, um pouco próxima do meu filho. Queria me cadastrar para vê-lo. E aqui começo a viver o drama de muitas outras mães que acabaram vendo seus filhos, de alguma forma, dependentes do sistema prisional.
As informações são desencontradas, cheias de burocracias. Mas aos poucos vou entender melhor tudo isso. Minha desinformação sobre o assunto, criou uma narrativa totalmente equivocada. Disseram de tudo, que furei fila, que estava mimando meu filho… De forma alguma vou buscar um tratamento diferenciado das outras mães. Vi um vídeo de alguém comentando que eu não era melhor que ninguém. E isso é verdade. A mais pura verdade. Se esse é o procedimento, estarei lá, na fila, no sol ou na chuva, para poder vê-lo. Sou apenas mais uma mãe que tenta lutar pelo bem de seu filho. Uma batalha que não começou agora.
Há anos tenho enfrentado uma luta cruel e desigual contra o vício de meu filho em drogas. De início, a gente quer acreditar que é apenas uma fase e que tudo vai passar. Mas já se foram mais de sete anos, entre internações e lágrimas. Agora, tudo isso é usado de forma forçosa, buscando minha humilhação e de meu esposo, que não tem parado de trabalhar para honrar a confiança que o povo de Manaus nele depositou. Te peço desculpas Arthur. Não queria que minha dor fosse usada para lhe atacar. Você é um homem bom, com bons ideais.
Sobre meu silêncio até aqui é em obediência às orientações da defesa. E como isso tem sido difícil pra mim. Quero muito que todas as pessoas tenham acesso ao conteúdo das conclusões da polícia, pois ficará claro o uso disso para promover escárnio. Mas acredito muito nos propósitos de Deus. Essa experiência dolorosa certamente será um instrumento dEle para me ajudar a ver, ainda mais de perto, a situação de outras famílias que vivenciam o que eu estou passando. De servir como uma maneira de dar visibilidade ao sofrimento que todas elas passam há anos.
Agradeço a todos que permanecem em oração para que esse caso seja tratado de forma honesta. Não é fácil ser mãe. Não é fácil ser mulher. E neste caso todas as mães estão sofrendo. Definitivamente não foram esses os planos que fizemos quando os embalamos pequenos em nossos braços.