Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – A Mesa Diretora da ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) aprovou, nessa quarta-feira, 28, a convocação do secretário de Estado de Educação, Lourenço Braga, para falar sobre as reivindicações dos professores e explicar as providências adotadas para atender as exigências trabalhistas e as medidas para não prejudicar o ano letivo. Os professores entraram na segunda semana de greve geral.
A convocação foi proposta pelo deputado de oposição José Ricardo (PT). Com a garantia de que o secretário será bem tratado, o líder do governo na ALE, Dermilson Chagas (sem partido), deu a palavra de que Lourenço estará no parlamento estadual na próxima terça-feira, 3.
José Ricardo disse que as reivindicações dos professores são justas e que a greve é um instrumento legal. “O reajuste da data-base está atrasado há quatro anos; mais de três mil profissionais da educação aguardam a promoção por titularidade e todos estão sendo prejudicados por mudanças no pagamento do plano de saúde. A greve é instrumento legal e constitucional”, disse Ricardo.
Os profissionais pedem 35% de reajuste salarial, sendo 30% das perdas de abril de 2014 a março de 2018, e outros de 5% de aumento real. Também quem a garantia do plano de saúde, retorno do vale-alimentação, vale-transporte sem desconto, aumento do auxílio localidade, transparência nos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e cumprimento integral da Hora de Trabalho Pedagógica (HTP). Mais de 150 escolas estaduais já paralisaram as aulas e novas unidades devem aderir ao movimento.
Outro ponto que precisa ser esclarecido, segundo o parlamentar, foi a declaração de Lourenço Braga que, de acordo com os professores, apresentou um reajuste de 8,17% e em reunião com o sindicato reduziu o percentual para 4,57%. José Ricardo que o governo tem como atender ao pleito dos professores, “uma vez que o atual orçamento cresceu 40% a mais do que no mesmo período do ano passado”.
Nesta quarta-feira, 28, o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) informou que reabriu as negociações com o governo.