Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – A juíza Jaiza Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas, deu 48 horas para que o Governo do Amazonas se manifeste sobre o pedido da Prefeitura de Manaus para antecipar a vacinação contra a Covid-19 dos profissionais da educação. A determinação consta em despacho proferido na segunda-feira, 10.
A prefeitura ajuizou uma Ação Civil Pública para alterar a ordem de prioridade dos profissionais de educação no plano de imunização para que sejam o próximo grupo a receber as doses do imunizante, após o grupo de comorbidades, quando forem disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.
Ao fazer o pedido, o município considerou “a natureza do serviço, o nível de exposição e possibilidade de disseminação” do vírus. Na capital amazonense, o retorno das aulas presenciais ainda é incerto, apesar de a prefeitura ter anunciado que retomaria os trabalhos na próxima terça-feira, 18.
Nesta quarta-feira, 12, após a Asprom Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus) anunciar que o retorno estava suspenso, o secretário de Educação de Manaus, Pauderney Avelino, não confirmou se a volta ao trabalho presencial está mantida.
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A presidente do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas), Ana Cristina Rodrigues, afirmou, nesta quarta-feira, 21, que os professores decidiram, em assembleia da categoria, que só retornarão ao trabalho quando estiverem imunizados após tomarem a segunda dose.
“Nós temos uma deliberação de assembleia de que os trabalhadores só voltem depois de vacinados e imunizados. Porque não adianta dar a primeira dose, é preciso ter as duas doses e o período de imunização. É de conhecimento de todos que a imunização não se dá imediatamente”, disse Rodrigues.
A presidente do sindicato disse que essas condições buscam resguardar a vida dos trabalhadores e dos alunos. “Os alunos, ao entrar em contato com os trabalhadores, retornam para suas famílias e vice-versa. O posicionamento nosso é de retornar às aulas depois de imunizados para trabalhar com segurança”, disse.