Da Redação
MANAUS – A Prefeitura de Manaus encerrou, oficialmente, nesta terça-feira, 23, as atividades do hospital de campanha municipal, localizado na zona norte, criado para desafogar o sistema estadual de saúde durante a pandemia da Covid-19.
Foram 71 dias de funcionamento, resultando na recuperação de 611 pacientes, o que representa 81% de êxito no tratamento no espaço. Agora, a estrutura é preparada para voltar a ser uma escola municipal.
“Salvamos vidas no hospital e vamos continuar salvando vidas nessa escola, que funcionará como casa do saber e do entendimento. Agradeço aos parceiros que me ajudaram a montar e dirigir esse espaço, que salvou muitas vidas, tanto da capital quanto do interior. É um sentimento de saudade e de dever cumprido”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto.
O hospital foi implantado em apenas quatro dias nas dependências de um Centro Integrado Municipal de Educação e inaugurado no dia 13 de abril, durante o pico de casos do novo coronavírus em Manaus.
Nesse período, 757 pacientes foram hospitalizados no espaço, registrando 611 altas médicas e 146 óbitos, sendo a unidade hospitalar com menos mortes durante a pandemia.
Além dos pacientes da capital, o hospital de campanha também atendeu pessoas vindas do interior do Estado, como Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Nova Olinda do Norte e Iranduba.
A Prefeitura de Manaus também destinou alas exclusivas para pacientes indígenas. Foram 29 internações de diferentes etnias. Os pacientes receberam tratamento no hospital e saíram curados.
“O hospital de campanha cumpriu sua missão no momento mais difícil da pandemia. Uma estrutura de excelência montada de forma rápida e que contou com apoio de diversos parceiros, com doações de empresas privadas e de órgãos públicos, mostrando o trabalho em equipe, que garantiu a vida de centenas de pessoas”, disse o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, que visitou o espaço nesta terça-feira, para fazer uma vistoria geral e entregá-lo à Secretaria Municipal de Educação.
Com o encerramento das atividades, começam os trabalhos de readaptação do espaço, que voltará ao projeto inicial de uma escola.
O subsecretário de Infraestrutura e Logística da Semed, Darcelo Cavalcante, também esteve no local, juntamente com Malgaldi, acompanhando o início da transição para a unidade que vai receber mais de 1,4 mil alunos da educação infantil e do ensino fundamental.
“Inicialmente, vamos tratar a parte de higienização do hospital, que é etapa fundamental para garantirmos a segurança dos nossos profissionais e alunos que ficarão aqui”, disse o subsecretário.
Em alusão ao legado do hospital de campanha, o complexo escolar também ganhará um memorial em homenagem aos profissionais que atuaram no espaço.
Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros, agentes de limpeza, seguranças e profissionais de alimentação serão lembrados pelo heroísmo durante a pandemia.