Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou em entrevista exclusiva ao ATUAL nesta quinta-feira, 25, que não pode conceder reajuste salarial maior que 5% a professores da rede municipal de ensino. Segundo ele, o percentual de 15% reivindicado pelos professores “não é factível” e “coloca em maus lençois as finanças da prefeitura”.
“Não, não é possível [conceder reajuste salarial de 15% aos professores] porque nós fizemos assim com as demais categorias. Tem categorias que já fizeram suas datas bases e que ficaram com 4% porque a inflação deu uma crescida. A gente está até pensando em como recompensar essas categorias, pois a inflação cresceu um pouco então diminuiu o ganho real”, disse Arthur Virgílio Neto.
O prefeito afirmou que espera a compreensão dos professores que aderiram à greve em relação a situação financeira do município que, segundo ele, “não pode passar por maus momentos”. Para Arthur Neto, as negociações devem avançar nos próximos dias, pois a maioria dos professores “não pensavam em greve, mas nos resultados do Ideb”.
“A gente está muito pronto para negociar, mostrar os dados, a gente exibe os dados, e não se trata de um jogo. Eu sei que os professores tem muito boa fé e faço fé na maioria esmagadora deles. A maioria não está pensando em greve, está pensando em Ideb”, afirmou Arthur Neto.
O prefeito disse que não sabe como o movimento está repercutindo entre os professores e citou a possibilidade de “influências políticas”. Segundo ele, a categoria sempre obteve ganho real e o percentual de 5% “significa mais ganho real”.
“Não sei qual é a repercussão da massa dos professores nas escolas. Porque eu, sinceramente, que sou uma pessoa que costuma lidar com greves, eu não vejo motivo para sustentar uma greve. Então, nós estamos chamando para meditação. Não quero acreditar em influências políticas, mas quero dizer que é o ultimo ano do meu governo, que a gente faz a prova Brasil, o IDEB, vejo os professores muito preocupados”, disse o prefeito.
Nessa quarta-feira, 24, o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educaçãod o Amazonas) rejeitaram, por unanimidade, a contraproposta da Semed (Secretaria Municipal de Educação) de 5% de reajuste salarial e 20% de aumento no vale refeição, que atualmente é de R$ 220. O sindicato reivindica 15% de reajuste, em uma lista de 30 reivindicações.
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