
Do ATUAL
MANAUS – O número de registros de mortes de mulheres durante a gravidez caiu de 12 para cinco no Amazonas de janeiro a abril deste ano em comparação ao mesmo período de 2024, segundo a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas). Em todo o ano passado foram 37 mortes.
Para a psicóloga Houzanne Gonçalves, o pré-natal contínuo é fundamental para evitar complicações na gravidez que resultem em mortes. “Sem o pré-natal, muitas mulheres nem sabem que estão grávidas e quando chegam à consulta já é tarde. Muitas têm alimentação incorreta, não tem o apoio do companheiro, são mães solo. Tudo isso provoca sensação de abandono, depressão e elas se esquecem de si mesmas e do seu bebê na gestação, e não conseguem fazer o acompanhamento”, diz.
Na segunda-feira (26), foi publicada no DOU (Diário Oficial da União), a lei 15.139/25 que cria a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental e assegura a humanização nas etapas de atendimento, tratamento e acolhimento a mulheres e familiares que se encontram em situações de perda de um bebê, tanto na fase gestacional como neonatal.
De acordo com o governo federal, a iniciativa pretende estimular o desenvolvimento de estudos e de pesquisas que busquem aperfeiçoar e divulgar as “boas práticas na atenção ao luto pela perda gestacional, pelo óbito fetal e pelo óbito neonatal”.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) define a morte materna como a morte de mulheres durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gravidez.
No Brasil, a morte materna obstétrica direta, aquela que ocorre durante gravidez, parto ou puerpério, relacionadas a intervenções, omissões, tratamento incorreto, é a mais comum entre as mulheres grávidas.
Números de mortes maternas no Amazonas, de janeiro a abril
Município 2024 2025
Manaus 3 2
Atalaia do Norte 1 0
Careiro da Várzea 0 1
Humaitá 1 0
Iranduba 0 1
Itacoatiara 1 0
Nova Olinda do Norte 1 0
Manaquiri 1 0
Parintins 1 0
São Gabriel da Cachoeira 0 1
Tabatinga 2 0
Tefé 2 0
Fonte: FVS