Houve quem aplaudisse a subida de Michel Temer ao poder. O governo do presidente sem votos, no entanto, foi desmascarado pelas próprias ações do Planalto. Logo a sociedade, principalmente, os apoiadores do golpe que tirou Dilma Rousseff da Presidência do Brasil, percebeu a diferença entre o governo dito populista e o conservadorismo econômico que se instalou em Brasília com o apoio da grande imprensa/mídia.
Populismo é um termo pejorativo na boca dos comentaristas econômicos dos jornalões e TVs que sustentam o governo de Temer. Não por acaso. Grande parte da mídia ou é financiada pelas grandes corporações ou é parte delas, porque é possuidora de ações dessas corporações. Ao utilizar o termo populista, os cães das corporações da mídia querem pintar o “movimento” iniciado com Lula na primeira década deste século como o causador das desgraças na economia brasileira.
Esses mesmos cães raivosos pararam de latir quando nos anos de prosperidade do Brasil, sob Lula, o crescimento econômico resultou em mais emprego e desenvolvimento social jamais visto no país. Famílias que tinam carros apenas no sonho, puderam comprar seu primeiro veículo particular.
A distribuição de renda, não apenas com os programas sociais como o Bolsa Família, mas também com emprego mais abundante, resultou na melhoria do padrão de vida de milhões de brasileiros. Isso nem o mais ferrenho crítico dos governo petistas podem negar.
O governo populista fez tudo isso aos olhos das elites e com o apoio delas (os partidos políticos como o PMDB nunca quiseram largar o osso na administração). A oposição, formada por PSDB, PPS e DEM, passou quase dez anos sem chão e sem discurso. Depois de perder quatro eleições seguidas para o PT e ver a possibilidade do partido trazer Lula de volta em 2018, a cúpula da Social Democracia Brasileira tratou de armar a arapuca do impeachment.
Mas engana-se quem pensa que as forças conservadoras agiram contra o populismo apenas no pós eleição de 2014. O grande golpe na elite, que causou uma revolta sem precedentes, ocorreu em 2013, quando Dilma Rousseff decidiu cortar os lucros das corporações que investiram no setor de energia elétrica.
Ao baixar o preço da tarifa de energia, o governo desagradou imensamente o “mercado”, que reagiu. Um ano depois, o Brasil começa a conhecer uma crise jamais vista no setor elétrico, crise essa, que desapareceu com a saída da presidente, como num passe de mágica.
Os críticos da medida diziam que a crise foi iniciada quando o governo renovou as concessões, obrigando as empresas a reduzirem tarifas em um momento em que o custo da produção de energia estava crescendo no mundo inteiro. Coincidentemente, o preço do Petróleo despencava no mundo.
Esse mercado, que não aceitava “pagar o pato”, se mobilizou, bancou manifestações, orientou a classe política e aplaudiu, no fim a deposição da presidente eleita.
Derrotado o populismo, estamos assistindo o retorno de tudo aquilo que as classes mais populares repudiavam, ou seja, a concentração de renda. As políticas redistributivas cessaram e o governo começa a cobrar a fatura, com “reformas” que visam, simplesmente, agradar aos patrocinadores do golpe. A reforma trabalhista foi a primeira grande medida prometida às forças conservadoras. A outra grande promessa é a reforma da Previdência.
O discurso é de que a Previdência vai quebrar em pouquíssimo tempo; mas o governo já verbalizou que é preciso reduzir o que chama de “rombo” nas contas previdenciárias para elevar o superávit primário, ou seja, aquele dinheiro reservado para pagar juros e amortização da dívida. Hoje o governo gasta quase metade do orçamento da União com pagamento da dívida, e quem fica com essa dinheirama? O mercado, um ser sem rosto, mas muito bem representado pelo conservadorismo.
Bom é o estado gastador ! Bom é o estado que gasta MUITO MAIS do que arrecada ! Bom é o estado que perdoa dívidas com Cuba e Angola , grandes referências em democracia participativa popular e deixar os nossos portos abandonados . Bom é o estado que cria Ministérios que pouco fazem para facilitar a vida de todos ! Bom é o estado que deixa a moeda nacional desvalorizar em relação ao dólar ! Bom é o estado que corta R$10 bilhões do Ministério da Educação e se intitula PÁTRIA EDUCADORA ! Pára que tá feio ! Dilma foi tarde ! O progressismo quebrou o Brasil economicamente e moralmente ! Só o conservadorismo , CARACTERÍSTICA NATA BRASILEIRA , para reerguer este país .