Da Redação
MANAUS – A juiz Daniel Manussakis, da Comarca de Jutaí, decretou a prisão preventiva do policial militar Ariel da Cruz Bastos, acusado de matar Sharley Sales Mendes Fermin Júnior, 18, na madrugada desse domingo, 28, em Jutaí (a 751 quilômetros de Manaus). Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que o rapaz dirigia uma moto na contramão e o policial surge, correndo, e efetua o disparo. O tiro atingiu as costas de Sharley Júnior, que morreu no local.
O pedido de prisão preventiva foi feito pelo promotor de Justiça de Jutaí, Elanderson Duarte, após comoção social causada na cidade, segundo o MP-AM. O policial militar deverá cumprir a prisão preventiva no município de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus) porque, segundo o MP-AM, não há segurança na delegacia de Jutaí.
Nesse domingo, 28, Ariel Bastos foi transferido de lancha para o município de Tefé sob custódia de seis policiais militares. No mesmo dia, um grupo de pessoas promoveu protesto na frente da delegacia da cidade mostrando cartazes contra o policial militar e pedindo “mais segurança no município”.
De acordo com o MP-AM, a lei brasileira diz que a prisão somente deve ocorrer em caso de extrema necessidade, seja para garantir a ordem pública e econômica, atender à instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, havendo prova do crime e indício suficiente de sua autoria. “No caso, verificada a morte, as imagens do crime e os depoimentos colhidos das testemunhas oculares, configuram a ocorrência do delito”, afirma o MP-AM.
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