
Da Redação
MANAUS – Em uma paralisação que durou cerca de 15 minutos, policiais militares fecharam a Avenida Torquato Tapajós, principal via de acesso à zona norte da capital, para forçar o governo a atender suas reivindicações. A paralisação ocorreu de surpresa no mesmo dia em que a Comissão de Promoção de Praças, formada pelo governo e representantes da categoria, se reuniu e definiu critérios para a promoção dos militares referente ao ano de 2016.
O Comando Geral da Polícia Militar informou em nota que não houve paralisação e que os policiais militares cumprem a escala de serviço nesta segunda-feira, 12. “A troca de turnos ocorreu dentro da normalidade e a polícia está nas ruas”, diz a nota.
O comando da PM também diz que o Governo do Amazonas está aberto ao diálogo com os policiais militares, cujos representantes foram recebidos pelo governador Amazonino Mendes na semana passada.
“Em apenas cinco meses, o novo governo promoveu melhorias como aumento em 100% do auxílio-alimentação e do auxílio-moradia, esse último para os policiais que servem no interior do Estado. Pagou o auxílio-fardamento, que não era pago há sete anos. O novo governo também promoveu, em fevereiro, 1.197 policiais e, hoje, a Comissão de Promoção de Praças se reuniu e, na ocasião, foram assinadas as atas que deixam aptos à promoção mais 2.093 policiais militares. O processo de promoção está em ritmo acelerado para assinatura do governador, conforme o próprio governador assegurou em reunião que teve com os representantes das associações de policiais”, diz a nota.
Os presidentes das associações de policiais e bombeiros militares do Amazonas divulgaram nesta noite uma entrevista coletiva para esta terça-feira, 13, às 11h, na sede da Apeam (Associação dos Praças do Estado do Amazonas) para falar “sobre os desdobramentos da Operação Defesa, que chegou em sua terceira fase”.
Os policiais militares e bombeiros ameaçam parar as atividades no dia 15 deste mês caso o governo não atenda às reivindicações deles. Para isso, os líderes do movimento anunciaram que as mulheres e filhos de policiais vão acampar nos portões dos quartéis para evitar que eles saiam para trabalhar.