Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas pediu a prisão preventiva de Leonardo Oliveira Santos, de 21 anos, suspeito de envolvimento no acidente que resultou na morte de Andreia Trindade, na segunda-feira (26), na Avenida Coronel Teixeira, zona oeste de Manaus. A mulher esperava o ônibus para ir ao trabalho quando foi atropelada pela picape e morreu esmagada contra um poste.
Na terça-feira (27), o motorista que conduzia o veículo compareceu à Delegacia Especializada de Acidentes de Trânsito para prestar depoimento. Ele negou ter ingerido bebida alcoólica e alegou ter dormido ao volante, pois, segundo ele, havia passado a noite na casa de um amigo e estava cansado. Também negou estar usando celular no momento em que conduzia o veículo.
Leonardo disse que acordou com o impacto da batida do carro, mas não conseguiu deduzir o que havia ocorrido, por isso, continuou o percurso. “Em razão disso foi que prosseguiu sua trajetória deslocando-se para a sua residência, não imaginando o que tinha ocorrido, e que tal fato só fora conhecido após seu pai o comunicar-lhe”, diz trecho do depoimento do rapaz.
No pedido de prisão preventiva apresentado na quarta-feira (28), o delegado Temístocles Alencar, que cuida do caso, afirmou que Leonardo conduzia o veículo em “estado de sonolência”, “desprezando qualquer resultado que pudesse advir de sua conduta, sendo indiferente ao bem jurídico tutelado no caso em questão a vida de quem quer que fosse”.
No momento do acidente, Andreia estava acompanhada do marido, Edson Reis, que também foi atingido pelo veículo e teve ferimentos. Edson disse aos investigadores que Andreia tentou correr quando a picape invadiu a área do ponto de ônibus e arrancou a primeira coluna da parada, mas foi atingida com estilhaços de vidro, caiu e, em seguida, foi atingida pelo carro.
Ainda conforme Edson, após atropelar as vítimas, o carro “parou poucos metros adiante, onde ficou parado um ou dois minutos”, mas em nenhum momento o condutor desceu do veículo para prestar socorro, apenas seguiu em frente com velocidade. As imagens que circulam nas redes sociais confirmam que o rapaz não ajudou as vítimas do atropelamento.
No mesmo dia do acidente, testemunhas do acidente identificaram que a picape pertencia ao empresário Adauto do Carmo Santos Júnior, dono de uma empresa de locação de veículos no bairro Alvorada, na zona oeste de Manaus. Na madrugada, as portas da locadora foram pichadas com o seguinte teor: “Justiça”, “assassino” e “covarde”.