Da Redação
MANAUS – A Polícia Militar do Amazonas tem três snipers (atiradores de elite), que agiram uma única vez no ano passado em assalto com reféns à casa lotérica na zona leste de Manaus. Eles atuam com maior frequência preventivamente como na segurança do vice-presidente dos EUA Mike Pence na visita a Manaus em junho do ano passado, e na visita do presidente Jair Bolsonaro, este ano.
Segundo a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas), os atiradores, mesmo sem ação prática em situações que exigem a intervenção deles, são treinados para agirem a qualquer momento. A formação ocorre durante 40 dias com aulas teóricas e práticas, treinos em operações de dia em área urbana, rural ou de mata. Os snipers são treinados para efetuar tiros de até um quilometro de distância e possuem um perfil psicológico diferenciado, pois precisam aprender a controlar a respiração e a emoção durante a missão policial.
Para efetuar o disparo, leva-se em conta o armamento, a munição, o clima, entre outros fatores, que são calculados para o êxito. Para ser um atirador de precisão, o policial precisa passar pelo Curso de Operações Especiais (Coesp) e se especializar no curso de atirador policial.
De acordo com o comandante da Companhia de Operações Especiais (COE), major Heber Ribeiro, na doutrina de gerenciamento de crise existem quatro alternativas táticas e uma delas é o atirador de precisão. Ele atua apenas em último caso, quando, durante as negociações, o gerente de crise esgota toda a verbalização.
“Após receber a luz verde do gerente de crise, o atirador de precisão vai efetuar o disparo já alinhado automaticamente à equipe tática, responsável por adentrar no local onde estão feitos reféns. O perfil do atirador é totalmente distinto de outra atividade. Inclusive, ele tem que ser um operador especial, o treinamento dele é diferenciado, porque se ele tiver que efetuar o disparo e neutralizar, assim será, porque não é uma questão pessoal é uma questão institucional”, disse Ribeiro.