MANAUS – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira, 16, uma operação batizada de “Dízimo” no município de Iranduba, com o objetivo de combater uma organização criminosa que opera desviando recursos públicos federais repassados para a prefeitura do município. São 29 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 16 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva que estao sendo cumpridos em Manaus e em Iranduba.
De acordo com nota enviada à imprensa pela assessoria da PF, a organização criminosa é composta por vereadores, secretários municipais, funcionários públicos e empresários. O nome da operação é em função da ação da organização, que cobrava o pagamento de “dízimo” ou propina de empresários para facilitação em contratos fruto de licitações fraudulentas.
Na semana passada, o Ministério Público, a Controladoria Geral da União e a Polícia Civil deflagraram a Operação Couxi, que resultou na prisão do prefeito do município de Iranduba, Xinaik Medeiros, e de quatro secretários municipais. Xinaik está preso em um batalhão da Polícia Militar em Manaus.
A Polícia Federal convidou a imprensa para uma entrevista coletiva às 11h, na sede da Superintendência da PF no Amazonas, quando serão apresentados detalhes da Operação Dízimo.
Confira a nota da PF
NOTA À IMPRENSA
Manaus/AM – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 16/11/2015, uma ação policial denominada Operação Dízimo, que tem como objetivo combater a atuação de organização criminosa que opera desviando recursos públicos federais repassados para a Prefeitura de Iranduba/AM.
Aproximadamente 70 policiais da SR/DPF/AM estão cumprindo 29 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 16 de busca e apreensão e 2 de condução coercitiva nas cidades de Manaus e Iranduba.
A organização criminosa é composta por vereadores, secretários municipais, funcionários públicos municipais e empresários que atuam de forma estruturada, com clara divisão de tarefas e uma intensa movimentação financeira. A atuação do grupo baseava-se na cobrança de valores (o DÍZIMO) dos empresários pelos servidores a fim de que fossem realizados contratos baseados em licitações fraudadas. Os valores recebidos mensalmente eram distribuídos entre os servidores e outros integrantes do grupo, inclusive vereadores, em troca de apoio político.
A Justiça Federal autorizou o bloqueio dos bens e valores dos criminosos no montante aproximado de 52 milhões visando o futuro ressarcimento do Estado.
Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, fraudes em licitações e organização criminosa.
Coletiva às 11:15h na Superintendência da PF .