Do ATUAL
MANAUS – O peso de veículos será decisivo para saber a resistência de colunas de sustentação da ponte sobre o rio Curuçá, na BR-319 (Manaus-Porto Velho/RO), que desabou no dia 28 de setembro de 2022. Cinco pessoas morreram e 14 ficaram feridas.
O cálculo do peso sobre a ponte será feito a partir da reconstituição da passagem dos veículos, realizada por policiais civis do Amazonas e da Polícia federal na manhã desta quinta-feira (10).
Sem a ponte, a simulação ocorreu no início da BR-319, no Distrito Industrial, em Manaus. Também participaram testemunhas e motoristas que passaram pelo trecho da rodovia no momento em que a ponte desabou.
“Foi possível estabelecer o local onde cada veículo se posicionou sobre a ponte. Isso vai nos subsidiar para que possamos atestar, de forma bem direta, qual é o peso que cada pilar recebia no momento anterior à queda da ponte”, disse o delegado da Polícia Civil David Jordão.
“Nós tivemos 60 laudas só de depoimentos. Foram 14 pessoas feridas e cinco pessoas que morreram, fora os laudos técnicos que são muito específicos, que saem da parte do direito para a parte de engenharia. Isso demanda tempo para ser maturado e essa fase de hoje é uma das diligências essenciais para chegarmos ao ponto final, que é a conclusão e o relatório encaminhado à Justiça com possíveis investigados e responsáveis”, acrescentou Jordão.
Além do inquérito instaurado pela PC-AM, outra investigação em curso é realizada pela Polícia Federal. “Neste evento, tentamos entender como estava o dispositivo [a ponte], como estava antes ao fato gerador, para a gente saber a responsabilização de cada um, qual o fato que culminou com esse acidente, afinal, a sociedade carece de uma resposta”, disse o delegado Thiago Monteiro.
O delegado acrescentou que todos os dados colhidos nesta quinta-feira serão encaminhados para o setor técnico da PF em Brasília, para subsidiar o inquérito.