O PMDB, partido dirigido no Amazonas pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, está acuado na Assembleia Legislativa do Estado. Nesta quarta-feira, 11, o clima esquentou entre os partidários do governador José Melo (Pros) e os dois parlamentares do partido que decidiram fazer oposição ao governo (o terceiro nome do PMDB, Belarmino Lins, decidiu ser aliado de Melo) foram massacrados verbalmente. No momento mais tenso, o deputado Sabá Reis (PR) chegou a mandar o colega Wanderley Dallas calar a boca. Durante 40 minutos, Sabá Reis destilou veneno de toda espécie contra Braga, acusando-o de golpista. David Almeida (PSD) disse que Braga, inconformado com o resultado das urnas continua a querer criar um clima de insegurança, como fez durante a campanha. Para exemplificar, ele lembrou o episódio da quadrilha presa usando uma Kombi da coligação “Renovação e experiência”. Cabo Maciel (PR) aproveitou a deixa e afirmou que Braga deveria divulgar o resultado da eleição nos presídios, onde ele teve maioria dos votos. Abdala Fraxe arrematou, chamando Braga de preguiçoso, que não gostava de acordar cedo, e disse que Melo era o “operacional” da administração do peemedebista. Visivelmente encurralada, a oposição do PMDB se retraiu.
Cargos em disputa
Assessores que assistiram ao bate-boca entre os parlamentares desconfiam de que o embate seja não apenas pela disputa entre Melo e Braga para ver quem fica no Governo do Amazonas. Esses assessores alertam que o que está em jogo são os orçamentos de órgãos da administração federal, como Ibama, Incra, Suframa, Eletrobras, Funasa, Pesca entre outros. É que a definição dos gestores para esses órgãos deve ocorrer nos próximos dias.
Reconhecimento
O Ministério Público Eleitoral (MPE) reconheceu, em nota à imprensa nesta quarta-feira, que demorou a entrar com uma ação civil eleitoral por compra de votos contra o governador José Melo. O AMAZONAS ATUAL foi o único veículo de comunicação a informar e esclarecer que o MPE tinha, na verdade, ‘cochilado’ e não deu importância aos documentos apreendidos pela Polícia Federal no comitê do então candidato à reeleição.
Nascisismo
Em comentário feito no Facebook sobre visita à CBF para tentar convencer os dirigentes de que Manaus deve ser escolhida pela Fifa para sediar jogos de futebol nas Olimpíadas de 2016,, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), não perdeu a oportunidade de fazer autoelogio: “Fui muito bem recebido pelo presidente da CBF, José Maria Marin, que me deixou lisonjeado ao dizer que Manaus está em boas mãos, mas que minha figura faz falta no Congresso Nacional”, escreveu, sem modéstia.
Assessor de Cultura
A Câmara de Manaus decidiu criar uma função curiosa no âmbito do Parlamento: o Assessor Especial de Cultural. São dois cargos ligados à presidência, com remuneração de R$ 788 + representação de R$ 900 + auxílio alimentação de R$ 400, totalizando R$ 2.088 de salário mensal. Até agora, a CMM ninguém explicou a tarefa que vão desempenhar.
Falta insumo
Consultores do Polo Industrial de Manaus (PIM) informaram à coluna que as empresas estão tendo sérios problemas com a falta de insumos, causados com a greve dos caminhoneiros e outros problemas de logísticas. Os empresários reclamam, principalmente, do apoio do governo para resolver esse impasse.
Freio na concorrência
Uma das empresas afetas pelo problema é a SKY que, segundo os consultores, quer implantar um novo sistema de internet em Manaus para competir com a NET, mas precisa de equipamentos para adequar seu decodificador que é adquiridos de outros Estados.
UEA controlada
Com a vinculação da UEA ao gabinete do governador, a comunidade universitária teme que a Universidade do Estado do Amazonas tenha seus recursos controlados de perto pelo governador José Melo. Para quem esperava a autonomia universitária prometida pelo antecessor Omar Aziz, a decisão de Melo só pode ser encarada como um retrocesso.