Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Pendente desde novembro de 2019, a instalação da CPI (Comissão Parlamentar Inquérito) para investigar as ONGs na Amazônia só deve ocorrer em 2022, segundo o autor do pedido, senador Plínio Valério (PSDB). O parlamentar disse que cobrou a instalação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na terça-feira (5).
Segundo Valério, Pacheco prometeu instalar a comissão após o encerramento da CPI da Covid, previsto para o fim deste mês. “Por coincidência, ontem e ele me falou que quando acabar a CPI da Covid a gente vai cuidar dela, ou seja, para o ano. Até dezembro não sai. Mas, sai, sim. Ele não vai me enrolar nisso aí, não”, disse Plínio.
Em novembro de 2019 o requerimento para abertura da CPI foi lido em plenário após alcançar o número necessário de assinaturas. O próximo passo é justamente a indicação dos membros, mas o pedido ficou engavetado. Em abril deste ano, Pacheco disse que iria oficializar aos partidos para que indicassem os membros da CPI das ONGs. No entanto, seis meses depois, a comissão continuou no papel.
Plínio disse que não vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para instalar a comissão porque não reconhece a “legitimidade da Corte para mandar no Senado”. Para ele, a interferência do Supremo no Senado é abusiva.