Do ATUAL
MANAUS – A picape envolvida no acidente que resultou na morte da auxiliar de serviços gerais Andréia Trindade, que foi esmagada contra um poste, na manhã de segunda-feira (26), pertence ao empresário Adauto do Carmo Santos Júnior, mas no momento do atropelamento estava sendo conduzida pelo filho dele, cujo nome não foi revelado, disse o delegado Temístocles Alencar, da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito, em entrevista à TV Acrítica.
“Nós identificamos o veículo, o proprietário e o condutor. Não é a pessoa que está registrada junto ao Detran que dirigia o veículo no momento do acidente, era o filho dele”, disse o delegado.
De acordo com as imagens do sistema de câmeras da SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas), o veículo é um modelo Hilux Toyota, de cor preta.
O trajeto do veículo foi monitorado e anexado junto com outras informações sigilosas que foram encaminhadas para a Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito, responsável pela investigação do caso.
Além dos vídeos que registraram o momento do atropelamento, os investigadores trabalham para colher outras provas que apontem o motivo pelo qual o condutor invadiu a área do ponto de ônibus. Alencar afirma que a polícia trabalha com a hipótese de que o rapaz dormiu ao volante.
“Há indícios de que ele, da forma como o veículo se descolocou até o acidente, à fatalidade, ele se desloca em uma presunção de que o indivíduo dormiu ao volante. É essa linha de investigação que a gente vai apurar. Temos alguns elementos que ainda estão em investigação. Se ficar provado, é uma agravante que poderá complicar mais ainda a situação dele”, disse Alencar.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra que a mulher e o marido, Edson Reis, estavam no ponto de ônibus quando a picape invadiu e atingiu o casal. A mulher teve o corpo esmagado entre o veículo e um poste. O homem teve alguns ferimentos, foi levado para o hospital e horas depois liberado. O vídeo também mostra que, após o acidente, o condutor deixou o local, sem prestar socorro aos feridos.
De acordo com o delegado, o condutor do veículo não pode mais ser preso em flagrante “em função da decorrência desse lapso temporal, do fato até a data de hoje”.
O advogado da família do condutor do veículo chegou a propor a apresentação do rapaz, mas a polícia pediu mais tempo para ouvi-lo.
“O advogado da família já se apresentou aqui, do autor, para se inteirar do assunto e fazer a apresentação do condutor do veículo. Só que nós, em razão de as peças [provas colhidas] ainda não estarem aqui, nós pedimos para aguardar”, disse Alencar.