Da Redação
MANAUS – A Petrobras deu início, nesta semana, a negociação com a Eneva, empresa que explora gás natural no Amazonas, para venda da totalidade de sua participação em sete concessões no Polo Urucu, localizado na bacia de Solimões. De acordo com a estatal, a assinatura dos contratos de venda depende da negociação.
Em comunicado divulgado na segunda-feira, 1º, a Petrobras afirmou que a discussão dos termos e condições para a “potencial venda” do Polo Urucu envolvem “aspectos comerciais e contratuais da transação a serem aprovados pelas instâncias decisórias de ambas as partes”. A Eneva confirmou que recebeu convite para negociação.
A Eneva disputava a compra das concessões com a 3R Petroleum, que inicialmente apresentou proposta de US$ 1 bilhão, mas com condicionantes que não foram aceitas pela Petrobras. Após reabertura da concorrência, a Eneva aumentou a proposta e foi escolhida para iniciar as negociações.
A venda do Polo Urucu faz parte do projeto de desinvestimento da Petrobras no Amazonas, anunciado pela estatal em junho de 2020. Os ativos que são alvos da venda englobam os campos de Arara Azul, Araracanga, Leste do Urucu, Rio Urucu, Sudoeste Urucu, Cupiuba e Carapanaúba, além de infraestruturas de apoio operacional.
No ano passado, ao anunciar a saída do segmento no estado, a Petrobras disse que a venda dos ativos estava “alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos”.
Para a estatal, essas iniciativas deverão contribuir para a redução do seu endividamento, que ainda é elevado.
A empresa também defendeu que a entrada de novos players no segmento de óleo e gás nos campos terrestres no estado do Amazonas irá alavancar o desenvolvimento da região não somente pelo potencial aumento de produção e reservas, mas também pelo consequente aquecimento de toda a cadeia de serviços relacionada à atividade de exploração e produção.