Por Guilherme Seto, da Folhapress
SÃO PAULO – O governador Flávio Dino (PSB) tem sido pressionado por partidos aliados a recuar do apoio dado a seu vice, Carlos Brandão (PSDB), na disputa pelo Executivo do Maranhão em 2022.
De um lado, siglas de esquerda afirmam que a estratégia definida por Dino no âmbito estadual atrapalha a articulação para formação de uma aliança nacional entre PSB e PT.
Enquanto os socialistas se esforçam para garantir o apoio do PT em estados importantes, como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, o governador maranhense preferiu declarar apoio a um nome do PSDB em relação ao pré-candidato petista ao cargo, Felipe Camarão.
Além disso, o senador Weverton Rocha (PDT) tem angariado apoios e contado inclusive com a simpatia do Partidos dos Trabalhadores. Pesquisas internas das siglas indicam que o parlamentar está mais bem colocado do que o atual vice-governador, o que tem pesado nas conversas.
A intenção de Dino é que o bloco de sustentação de seu governo, que conta com 13 legendas, tenha apenas um candidato a governador. A falta de apoio a seu escolhido, no entanto, tem ampliado a chance de haver uma cisão no grupo.
O governador, por sua vez, acredita que os 13 partidos seguirão juntos em 2022 e diz estar “confiante” de que as siglas seguirão unidas. Há uma reunião com representantes de todas as legendas marcada para 31 de janeiro.
Sobre o fato de apoiar um nome do PSDB, Dino afirma que a estratégia é coerente com o que defende na política nacional, que é a formação da aliança mais ampla possível para derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).