MANAUS – Cerca de cem pessoas amigas e parentes da assistente social Alessandra Solart Amorim, a mulher grávida de 33 anos, atropelada e morta no sexta-feira, 14, realizaram, na manhã deste sábado, 22, uma manifestação no local do acidente, na Avenida Rodrigo Otávio, entre o Studio 5 e a Bola da Suframa. Com cartazes e faixas, eles lamentavam a morte de Alessandra e do bebê dela e pediam justiça para o que consideram, não um acidente, mas um crime cometido pelo condutor do veículo, Gleidson Sena Amaral, 27 anos, que atropelou Alessandra e o irmão dela Jorge Adriano Rodrigues Solart, 31 anos.
Durante o protesto, os manifestantes cantavam em coro pedindo punição a Gleidson Amaral: “Ao assassino, Júri Popular!”, “Queremos Júri Popular”. “Queremos Justiça! Queremos Justiça!”.
Uma faixa que ocupava toda a extensão vertical de uma das pistas da Avenida Rodrigo Otávio foi estendida, fechando duas das três faixas. Os carros, caminhões e ônibus que passavam no local, usaram apenas a uma faixa, da esquerda, e reduziram a velocidade. A Polícia Militar ajudou a controlar o trânsito no local durante o protesto. Nenhum agente de trânsito do Manaustrans (Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito) apareceu até as 10h, no evento que começou às 9h.
Durante o protesto, os amigos e familiares também falaram sobre o estado de saúde de Jorge Solart, que mantém-se internado na UTI do Hospital João Lúcio, em estado grave. Nesta sexta-feira, pela primeira vez, ele reagiu e abriu os olhos.
O vereador Professor Bibiano (PT) participou do protesto, segundo ele, na condição de membro da Igreja Católica, da qual Alessandra Solart também era membro atuante. “Ela participava da coordenação arquidiocesana e tinha uma participação muito forte na comunidade dela, no bairro de São José Operário”, disse o parlamentar, que também criticou a falta de ação da Prefeitura de Manaus na adoção de medidas administrativas para reduzir as mortes de trânsito.
Condutor continua preso
A juíza Luiza Cristina Costa Marques revogou a prisão preventiva de Gleidson Sena Amaral, mas ele continua preso na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa. O pedido de revogação de prisão recebeu parecer favorável do promotor de 1° grau da Vara de Acidentes de Trânsito, Jorge Alberto Veloso. Para ser solto, Gleidson terá que pagar fiança de R$ 7.880,00, segundo a decisão da juíza.
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