MANAUS – A batalha verbal sobre o desmatamento na Amazônia entre o governo federal, órgãos públicos de monitoramento e ambientalistas ainda não caiu na real. Isto é, na realidade dos fatos. Ao contestar indicadores do Inpe, o governo não pode ignorar que os crimes ambientais não existem. Ao rebater o governo, o Inpe não pode se esquivar de seu vínculo estatal e de submeter os dados à análise do governo. Ao se prender apenas ao ativismo ambiental, as ONGs ambientalistas perdem a chance de definir políticas públicas com apoio governamental. O que se tem até agora são discursos ideológicos desprovidos de ciência. Se prevalecer o palanque, todos perdem, os humanos principalmente, pois a natureza se adapta, mas os impactos na sociedade são irreversíveis.