Da Folhapress
SÃO PAULO – A situação da Covid no Brasil está dentro da normalidade, de acordo com nota divulgada pela pasta da Saúde nesta quarta (6).
Na nota, o Ministério da Saúde disse estar acompanhando as oscilações de casos de Covid no país, que estão ocorrendo também em outros países do mundo devido à circulação de novas subvariantes do vírus, como a EG.5 e a BA.2.86.
De acordo com a pasta, entre as semanas epidemiológicas 32 a 35 (de 6 de agosto até 2 de setembro), foi registrada uma média de 11.200 casos por semana, enquanto entre as semanas 28 e 31 (9 de julho a 5 de agosto), a média estava em 11.388 casos por semana, representando uma variação de 1,7%.
Porém, nas últimas quatro semanas foi verificado um aumento dos testes com resultado positivo para Covid em relação às quatro semanas anteriores, de três pontos percentuais – passando de 22% para 25,1% dos exames com resultado positivo.
Essa variação encontra-se dentro do que é esperado para o período de inverno, ainda de acordo com a pasta. É importante reforçar que a média móvel de óbitos está em torno de 150 por semana, muito abaixo do que foi observado no pico da pandemia, mesmo com a maior circulação do vírus, ainda não é um número expressivo. A prevenção de caso grave e óbito, neste caso, é dada pela vacinação, afirma a Saúde.
“Apesar do decreto de emergência de saúde pública ter sido revogado, a Covid ainda é uma doença que seguirá causando infecção e adoecimento. É fundamental que a população continue se protegendo com todas as possibilidades para que possamos evitar a gravidade dos casos e óbito”, reforça Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente.
O cenário epidemiológico da Covid segue sendo monitorado constantemente, afirma a pasta, que disponibiliza ainda os dados atualizados de evolução da doença. As informações de casos e óbitos são coletadas das secretarias estaduais e municipais de saúde, analisadas e divulgadas por meio de informes epidemiológicos e na plataforma da Covid no painel Coronavírus do ministério.
A vacinação segue sendo a principal medida de reduzir casos graves e óbitos causados pela doença. Até o último dia 5 de setembro, cerca de 16% da população adulta recebeu a última dose contra a Covid da vacina bivalente, atualizada com a variante ômicron.
A baixa cobertura vacinal preocupa especialmente nas faixas etárias mais jovens – cerca de 9% dos jovens de 18 a 24 anos buscaram o reforço da vacina. Em relação às crianças, um levantamento realizado pelo Observa Infância, da Fiocruz, mostra que apenas 11,4% do público infantil de seis meses a 5 anos de idade está com o esquema completo vacinal.