Da Redação
MANAUS – Ao justificar a intenção de fundir Seduc (Secretaria de Educação) com a SEC (Secretaria de Cultura) e a Sejel (Secretaria de Esporte), o governador Wilson Lima (PSC) afirmou, na manhã desta segunda-feira, 2, que o orçamento da SEC programado para 2019 acabou no mês de junho. Não há dinheiro, segundo o governador, nem para pagar vigilantes para a Secretaria.
“Na Secretaria de Cultura, por exemplo, o orçamento que foi programado no ano passado para este já terminou em junho. E olha que a gente não fez nada além do que já estava programado para ser feito. (…) É preciso encontrar formas de equacionar isso daí. E é isso que nós vamos tentar fazer nessa reforma administrativa, que é uma reforma que estamos discutindo amplamente para melhorar e tornar mais efetiva a máquina pública”, disse Lima.
De acordo com o governador, o projeto de lei com as mudanças na administração será enviado à ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) para votação na próxima semana. “A gente deve fazer isso após o feriado (5 de setembro – elevação do Amazonas à categoria de província), depois dessa semana da pátria a gente deve estar encaminhando para a Assembleia Legislativa”, afirmou Wilson Lima.
Na solenidade de abertura da Semana da Pátria, o escritor homenageado Márcio Souza pediu ao governador para não unir as secretarias. “Quero lhe fazer um pedido. Não volte atrás unindo a Secretaria de Cultura à Secretaria de Educação. São duas tarefas gigantescas e é melhor dois ombros levando”, afirmou Souza.
O escritor também sugeriu a Lima que suspenda repasses da SEC às prefeituras do Amazonas porque “são verbas que eles vão gastar com besteira”. “Promova os artistas daqui. Não precisa trazer o nome do show business, que hoje é famoso e amanhã não se sabe mais quem é, gastando milhões como aconteceu recentemente em Parintins”, disse Márcio de Souza.