Da Redação
MANAUS – O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou, em entrevista ao ATUAL, na tarde desta sexta-feira, 27, que decidiu apoiar Amazonino Mendes (PDT) na campanha da eleição suplementar do ano passado para governador do Amazonas por ser mais experiente que o deputado estadual David Almeida, que pleiteava a indicação do PSD, mas foi rejeitado. “Por que o Amazonino naquele momento? Pela experiência. Não se pode colocar o Estado nas mãos de uma pessoa inexperiente. Você não coloca teu carro na mão de um mecânico amador, mas de um profissional”, comparou o senador.
Omar Aziz afirmou que não tinha acordo com Amazonino Mendes para ter o apoio do governador na campanha eleitoral deste ano. Aziz é pré-candidato a governador, agora como adversário de Amazonino, candidato à reeleição.
Conforme o senador, o acerto era para arrumar as contas do Estado e recuperar a capacidade de investimento do governo. “A proposta do Amazonino era arrumar a casa, deixar a economia nos eixos. Ao longo do tempo a gente viu que era politiqueiro, houve nomeação a cargos de pessoas sem capacidade nenhuma, indicadas pelos partidos políticos. Aquilo que ele pregava, fez tudo o inverso”, afirmou. “Ele começou a cooptar partidos políticos, esquecendo a coisa mais simples que era organizar as contas do Estado. Neste segundo semestre, não se prepararam e houve queda na arrecadação. Vão ter dificuldades. Ele diz uma coisa e faz outra”, disse.
Aziz afirmou que esperava o cumprimento da pauta política que foi discutida com Amazonino. “Houve um descaminho, um descontrole geral, uma politicagem. O discurso era um e, na prática, foi diferente”, disse.
O senador disse que o apoio ao ex-governador José Melo, que teve o mandato cassado por compra de votos em maio de 2017, foi parte do “processo político”. “O Melo tinha uma experiência longa na política amazonense. Não é questão de arrependimento (o apoio), é o processo político. É o ciclo. Quem colocou o Melo na política não foi o Omar, foi o Amazonino”, disse.
Omar também classificou como “processo político” a participação no grupo político que governa o Estado há mais de 30 anos. “Não é que eu não me sinto parte do grupo, é o processo político. São as alianças, as articulações. Tudo isso é o processo”, disse.
O senador afirmou que não pode ser responsabilizado pelos governos de seus aliados, mas pelos quatro anos em que governou o Estado. “Eu só fui governador quatro anos. E em quatro anos eu fiz muito mais pelo Estado do que quem está 12. Em quatro anos eu fiz mais casas do que quem está 12, 13 anos. Eu construi um programa de segurança pública que é respeitado e admirado por todo mundo, que quem tá 13 anos não construiu”, disse Omar.