
OPINIÃO
MANAUS – A capital do Amazonas é uma cidade suja. Essa sujeira não cai do céu; é resultado da ação humana, da população que não aprendeu a lidar com o lixo, e descarta aquilo que considera indesejado em qualquer lugar que lhe parece não vigiado.
Um exemplo foi mostrado pelo ATUAL no dia 7 deste mês: uma parada de ônibus na Avenida Buriti, uma das mais importantes vias do Distrito Industrial, foi transformada em lixeira a céu aberto. Ali, são depositados todo tipo de lixo, entre eles pneus de carros e caminhões, papelão, plástico.
O local, equipado com um abrigo coberto de telhas de barro, foi totalmente transformado. Os bancos de concreto do abrigo parecem ter sido destruídos a marretadas. O odor no local espanta os usuários do transporte por ônibus, que ficam mais afastados.
Depois da publicação da reportagem, diversos leitores em comentários informaram que outros locais na cidade sofrem do mesmo problema. As lixeiras clandestinas tomaram conta das ruas.
Algumas avenidas de grande fluxo de veículos e pessoas, como a Autaz Mirim, na zona leste, também foram transformadas em lixeiras. Nessa avenida são conhecidos os autores da façanha: lojistas despejam sacas de lixo no canteiro central. E os catadores e animais rasgam essas sacas e despejam os resíduos pelas calçadas.
Alguns pontos da avenida Autaz Mirim se transformaram em lixeiras, com recolhimento feito por caçambas, tudo feito com o consentimento do poder público.
A falta de vigilância e de autoridade por parte do município funciona como um incentivo aos que cometem crime contra o meio ambiente e contra a cidade.
É preciso que o município estabeleça a ordem na cidade. Os comerciantes precisar ser obrigados a instalar lixeiras para depositar o lixo em local adequado.
Também é preciso limpar a sujeita, e não deixar que os locais voltem a ser depósitos de lixo.
Não é por falta de leis, mas por falta de pulso firme das autoridades que os espertalhões trilham os caminhos mais fáceis e fazem da cidade de Manaus uma das mais sujas do Brasil.